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Vacina da Pfizer pode ficar no refrigerador por um mês

O presidente da Pfizer da América Latina disse à CPI que o governo federal ignorou propostas da empresa durante três meses. (Foto: Reprodução)

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) aprovou nesta segunda-feira (17) que a vacina da Pfizer pode ser conservada no refrigerador por até um mês, uma medida que deve impulsionar sua aplicação na União Europeia (UE).

O período de armazenamento sob refrigeração dos frascos fechados da vacina são, desta forma, estendidos em relação aos cinco dias iniciais, acrescentou o regulador europeu.

“Esta mudança amplia o período de armazenamento aprovado do frasco descongelado a 2º-8ºC de cinco dias a um mês (31 dias)”, explicou a agência europeia com sede em Amsterdã, na Holanda.

“Espera-se que o aumento da flexibilidade no armazenamento e na manipulação da vacina tenha um impacto significativo no planejamento e na logística” da vacinação, acrescentou.

Em março, a EMA informou que os frascos podiam ser armazenados em congeladores normais antes de permitir sua conservação em frigoríficos por curtos períodos de tempo.

O laboratório alemão BioNTech, que desenvolveu a vacina com o americano Pfizer, assegurou que a mudança se baseia em novos dados de estudos que confirmam a “qualidade” do produto durante “31 dias”.

Novo contrato

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou na última sexta-feira (14), o contrato que prevê a aquisição de mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer. Ao todo, a empresa se compromete a entregar este e o primeiro montante até o final do quarto trimestre deste ano, totalizando 200 milhões de doses do imunizante apenas em 2021.

“Estamos muito felizes em celebrar este acordo adicional com o governo brasileiro e assim ampliar nosso apoio à imunização de milhões de brasileiros”, disse Marta Díez, presidente da Pfizer Brasil, em comunicado oficial.

Sobre a Pfizer, ponto central da CPI da Covid em curso no Senado, o ministro evitou tecer comentários relativos à suposta omissão do governo brasileiro durante a gestão do general Eduardo Pazuello na Saúde. “Não estou aqui para julgar ninguém. Sou ministro da Saúde, não participei dessas negociações”, disse.

“Fui à CPI, prestei os esclarecimentos aos senadores, fiquei lá mais de 10 horas. Nosso dever como brasileiro é ficar à disposição das autoridades para prestar contribuições e fortalecer nossa democracia. Se julgarem conveniente que eu vá novamente, irei como fui da última vez, entrando pela porta da frente.”

A reconvocação de Queiroga é cogitada porque, segundo os senadores, ele não foi enfático ao falar sobre a cloroquina, medicamento ineficaz para o combate à covid que foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.

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