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Vacina russa contra a Covid-19 deve garantir imunidade por, no mínimo, dois anos, dizem cientistas

O Brasil aderiu ao programa de aceleração em junho e está entre os países com relevante tamanho de mercado no contexto internacional. (Foto: Divulgação)

A vacina russa contra a Covid-19, batizada de Sputnik V, deverá dar imunidade à doença por, no mínimo, dois anos, anunciou nesta quinta-feira (20) o Instituto Gamaleya, em Moscou.

A vacina foi registrada na semana passada pelo governo da Rússia, mas, até agora, não foram publicados estudos que mostrem os resultados dos testes da imunização. Por isso, ela é vista com desconfiança pela comunidade internacional.

O Gamaleya também anunciou que a vacina deverá ser aplicada, a partir da semana que vem, em mais de 40 mil pessoas em 45 centros médicos na Rússia, como parte dos ensaios de fase 3. A vacinação em massa tem previsão de começar em outubro no país, e a exportação, em novembro.

A Rússia estuda diversas parcerias internacionais para os testes e a produção das vacinas, inclusive com o Brasil, segundo os cientistas do instituto. Não foi informado, entretanto, se já havia algum trato fechado para testar a Sputnik V fora do território russo.

O governo do Paraná firmou uma parceria com o governo russo para desenvolver a vacina, mas nenhum teste clínico foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) até agora. A última imunização a ser autorizada para ensaios no Brasil foi a Ad26.COV2.S, da Johnson & Johnson.

Segundo o site da vacina russa, ela foi testada em animais antes de ser aplicada em humanos – incluindo testes em dois tipos de primatas. A Rússia não publicou, entretanto, nenhum estudo científico sobre os experimentos que realizou. Os testes em humanos começaram em 18 de junho.

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