Diante do recrudescimento da covid-19, os presidentes das comissões de Relações Exteriores do Senado e da Câmara dos Deputados, Kátia Abreu (PP-TO) e Aécio Neves (PSDB-MG) sugeriram a revisão dos critérios para distribuir doses. Além da população e do índice de renda média, seriam considerados o risco de disseminação do vírus e a gravidade da pandemia.
Dessa forma, a ideia é que o Brasil disponha de maior quantidade de vacinas a curto prazo e possa acelerar a imunização, ainda restrita à parte dos grupos prioritários. Depois dos atrasos para fechar contratos com farmacêuticas, o País também vem sofrendo sucessivos cortes no cronograma de vacinação.
Até imunizantes que não foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constam no calendário. Para o diretor-geral da OMS, a alternativa mais promissora seria o Brasil se tornar independente na fabricação de vacinas, sem precisar importar o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA).
Os parlamentares também levantaram a possibilidade de quebrar as patentes das vacinas temporariamente. A entidade recomendou que o Brasil atue junto à Índia e à África do Sul em projeto semelhante proposto à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Adhanom defendeu que a vacinação não é capaz, sozinha, de conter o avanço da pandemia no Brasil. Usar máscaras, lavar as mãos, praticar o distanciamento social e ventilar os ambientes são medidas importantes para conter a escalada da covid-19. Além disso, recomendou que o lockdown deve ser realizado durante picos da doença.
Em meio à crise sanitária, o Brasil vive o colapso das unidades de saúde, o crescimento exponencial de casos e de mortes, a falta de insumos, de vacinas e de leitos e o esgotamento dos profissionais de saúde.
O País acumula 328.366 vidas perdidas e 12.912.379 de infectados. Já os imunizados representavam 18.853.892 pessoas para a primeira dose e 5.272.023 para a segunda, segundo dados do consórcio de imprensa desta sexta-feira (1º).
