O mês de novembro é marcado pela “Black Friday”, evento promocional em que as empresas e prestadores de serviços oferecem descontos em suas mercadorias ou atividades. A data, criada nos Estados Unidos, já se tornou fixa no calendário do comércio brasileiro, é aproveita por muitos consumidores como uma chance para antecipar as compras de Natal, pagando menos.
Na edição deste ano, a campanha ocorre na próxima sexta-feira (23 de novembro), mas diversas marcas e companhias mantém os descontos por até uma semana. Para evitar problemas e criar dívidas indesejadas, o Procon-RS elaborou algumas dicas para o consumidor aproveitar as ofertas. Veja a seguir:
Orientações
– Fique atento se os descontos oferecidos são reais ou custam o que muitos chamam, de forma irônica, de “metade do dobro”;
– Exija sempre a nota fiscal para comprovar a relação de consumo e ter direito à garantia do produto e/ou serviço;
– Produtos com problemas devem ser encaminhados para a assistência técnica e o reparo deve ser feito em até 30 dias;
– Fique atento às compras pela internet, busque informações no site www.consumidor.gov.br;
– Quando acessar um site de compras, verifique se tem a imagem do “cadeado de segurança”
– Mantenha atualizado o antivírus se seu computador;
– Evite clicar em anúncios que chegam por e-mail ou redes sociais. Oportunistas aproveitam a data para enviar mensagens falsas com nomes de empresas conhecidas;
– É obrigação do fornecedor garantir o que foi prometido no site ou anúncios em quaisquer mídias;
– O consumidor pode exercitar seu direito de arrependimento de compra feita pela internet no prazo de sete dias a contar do recebimento do produto;
– Documente todos os passos da compra virtual, inclusive com o e-mail do fornecedor, para casos de troca ou não recebimento do produto;
– Sentiu-se enganado? Procure os órgãos de Proteção e Defesa do Consumidor. Os contatos estão disponíveis em qualquer site de buscas na internet.
História
A “Black Friday” (“Sexta-feira Negra”, na tradução para o português) é uma tradição norte-americana que consiste em na redução dos preços durante a última sexta-feira do mês de Novembro, coincidindo com o início das compras de Natal.
Mas as origens do uso desse termo não estão ligadas às compras de Natal, e sim a uma crise econômica: na sexta-feira, 24 de setembro de 1869, dois reputados investidores da bolsa de valors de Wall Street, Jay Gould e Jim Fisk, apos um intenso trabalho para conseguirem grandes lucros, fracassaram no seu intento e o mercado entrou em bancarrota. Devido a isto, nomeou-se esse dia como “Black Friday”.
Há uma outra versão, indicando que o “Black Friday” tem a ver com o papel dos pequenos empreendimentos comerciais. Depois de um ano de grandes perdas – ou seja, de números “vermelhos” (negatgivos) nas contas – depois do dia de Ação de Graças chegava a época natalícia, a partir do qual começam os saldos positivos e, com eles, em vez de números vermelhos, conseguiam-se “números negros”.
Já outros afirmam que a expressão remonta ao dia 19 de Novembro de 1975, quando o jornal “The New York Times” cunhou pela primeira vez com o adjectivo “negro” a referência aos problemas de trânsito e ao caos que tinha ocorrido na cidade de Nova York. O motivo: o aumento do movimento nas lojas devido aos descontos do dia seguinte à data de Ação de Graças.