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Veja as doenças que podem voltar ou avançar neste ano no Brasil

(Foto: Agência Brasil)

Em 2018, após 18 anos sem registro de sarampo autóctone (adquirido dentro do País), sendo três sem os decorrentes de pacientes vindos de outras localidades, o Brasil voltou a registrar casos desta doença infecciosa aguda, de natureza viral e altamente contagiosa, que pode ser transmitida por meio de tosse, fala e espirro.

Dados do Ministério da Saúde registram 10.262 confirmações do início de janeiro até 10 de dezembro. Hoje, o País enfrenta um surto no Amazonas, com 9.779 casos, e outro em Roraima, com 349. Até agora, foram 12 óbitos em três Estados: quatro em Roraima, seis no Amazonas e dois no Pará. A maioria das vítimas tinha menos de 5 anos.
Ao que tudo indica, a enfermidade (100% prevenível com vacina) deve continuar neste ano.

Difteria

Segundo a Fiocruz, o momento é de preocupação substancial em relação a todas as doenças preveníveis com vacina. Isso inclui a difteria, patologia transmissível aguda e causada por bactéria que se aloja principalmente nas amígdalas, faringe, laringe, nariz ou outras mucosas, após transmissão por contato direto entre as pessoas.

Tétano

De tétano, foram 243 confirmações em 2016 e 230 em 2017. A enfermidade também é infecciosa, porém não contagiosa, e ocorre, geralmente, pela contaminação de um ferimento da pele ou da mucosa com os esporos do bacilo Clostridium tetani.

Poliomielite

Outra patologia que está no radar é a poliomielite, que permanece endêmica no Afeganistão, na Nigéria e no Paquistão, com registro de 12 casos. Conhecida popularmente como paralisia infantil, ela é contagiosa e pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.

No território nacional, desde 1990 não há circulação de poliovírus selvagem, seu causador, mas em julho passado a pasta da Saúde divulgou que 312 municípios brasileiros estavam com cobertura vacinal abaixo de 50%.

Dengue e afins

As enfermidades transmitidas por mosquitos vetores também continuarão na mira das autoridades em 2019, especialmente no verão, pois o aumento da temperatura favorece a reprodução dos insetos e, por consequência o potencial de circulação dos vírus.

No ano passado, do início de janeiro a 3 de dezembro, foram notificados 241.664 casos de dengue em todo o País, com 142 mortes (no mesmo período do ano passado, foram 232.372 e 176, respectivamente). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 115,9/100 mil.

Quanto se trata da chikungunya, foram 84.294 casos e 35 óbitos em 2018, contra 184.344 e 191 em 2017. A taxa de incidência é de 40,4 casos/100 mil habitantes. Da zika, 8.024 casos (17.025 em 2017) e quatro mortes no ano passado. A taxa de incidência é de 3,8 casos/100 mil habitantes.

Febre amarela

A febre amarela, que tem gerando preocupação desde 2016, quando houve surto no País, com mais força na Região Sudeste, é outro problema para este ano. De 1º de janeiro a 8 de novembro de 2018, foram registrados 1.311 casos e 450 mortes, quase o dobro do mesmo período no ano anterior.

Malária

Por fim, a malária, patologia infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, é mais uma preocupação. Depois de dez anos de redução no número de ocorrência, em 2017 o País apresentou um acréscimo de mais de 50% na comparação com 2016 (194.425). De janeiro a setembro do ano passado, foram 146.723.

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