Quem pensa que ter um bom currículo, recomendações impecáveis e apresentação pessoal adequada são suficientes para se dar bem em um processo seletivo está completamente enganado, pois é a entrevista de emprego que pode decidir se o candidato continuará no páreo.
Em tempos de mercado de trabalho encolhendo, o candidato deve ter jogo de cintura e conhecimentos necessários para responder as perguntas do recrutador adequadamente, sem cometer gafes, de acordo com a especialista em RH Madalena Feliciano. Ela destacou sete posturas inadequadas mais frequentes durante entrevistas de emprego e que devem ser evitadas.
Atrasos e falta de educação.
Desrespeitar o horário marcado com o entrevistador e não se importar com essa gafe já adiciona muitos pontos negativos na avaliação do candidato. “Pequenos atrasos, principalmente quando avisados previamente e justificáveis, são aceitáveis em cidades em que o trânsito complica muito a vida das pessoas. Porém, o candidato deve ser humilde o suficiente para pedir desculpas e justificar a demora”, diz Madalena.
Ingratidão.
Falar mal do emprego anterior pode levar alguém a desperdiçar uma nova oportunidade de emprego. “Por mais que você não tenha sido feliz com seu chefe ou antigas funções, é importante não comentar sobre isso durante a entrevista, pois, para o avaliador, pode passar a impressão de que o candidato é ingrato, e pior, poderá fazer isso com qualquer outra empresa”, explica.
Desconhecimento sobre si mesmo.
Ter um discurso impreciso e contradizer o que está em seu currículo são sinais óbvios de despreparo por parte do candidato, segundo a especialista. “Se o entrevistado mostrar ser vago ou incoerente durante a entrevista, ou não dominar sua própria história profissional, ele perderá muitos pontos. Além disso, o candidato não deve mentir jamais na hora de apresentar seu currículo”, salienta.
Se vangloriar.
Ter autoconfiança e saber valorizar seus feitos profissionais e pessoais é muito importante, mas indicar que tudo isso aconteceu graças a você pode ser um problema. Além de soar arrogante, a pessoa demonstra, dessa maneira, que desconhece ou subestima a importância do trabalho em equipe, algo muito valorizado atualmente.
Falta de noção salarial.
Apesar de ser comum, não é regra que todos os recrutadores perguntem qual a remuneração pretendida pelo candidato. Por isso, se esse for o caso, dizer qualquer valor pode não ser uma boa ideia. Madalena observa que o candidato precisa mostrar qual raciocínio o levou a pedir tal valor, e precisa saber justificá-lo da maneira correta perante o entrevistador.
Não questionar.
Não perguntar nada pode indicar falta de curiosidade e interesse pela vaga e pela empresa. Por outro lado, perguntar coisas desnecessárias, como qual carro ele ganharia se conseguisse a vaga, também pode atrapalhar a entrevista.
Pressionar o entrevistador.
Ligar demasiadamente e mandar muitos e-mails para o recrutador cobrando a resposta sobre a vaga pode aborrecê-lo, fazendo-o até mesmo mudar de ideia. “Isso transmite ansiedade e insegurança e, por isso, o melhor a se fazer é perguntar ao recrutador qual é o prazo para a conclusão do processo seletivo e esperar até a data.”