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Vendas do comércio brasileiro crescem em setembro

Na comparação com maio de 2019, houve queda de 7,2%. (Foto: Divulgação)

As vendas do varejo brasileiro cresceram 6,4% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Trata-se da maior alta desde abril de 2014, puxada, neste ano, pelo aumento das vendas no setor de supermercados, informou nesta terça-feira (14) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com agosto, o varejo cresceu 0,5%.

“Setembro mostra um aumento do ritmo das vendas. Em qualquer corte temporal, a gente consegue observar isso. Especialmente neste mês de setembro, o desempenho dos itens de supermercado, estimulados pelo grupamento da alimentação no domicílio, mostra uma deflação de 5,3% em 12 meses, enquanto a inflação geral está em 2,5%”, disse Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Na comparação com setembro de 2016, além do desempenho dos supermercados, onde as vendas cresceram 6%, também contribuíram com o resultado positivo do varejo, em geral, os ramos de móveis e eletrodomésticos (16,6%), que registraram a maior alta desde março de 2012. Apesar de o aumento ter sido maior do que o de supermercados, o setor de móveis não exerceu a maior influência porque tem um peso menor no cálculo da taxa do varejo.

Também cresceram as vendas de artigos de uso pessoal e doméstico (10,8%), tecidos, vestuário e calçados (11,7%), além de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,3%). Na contramão, venderam menos combustíveis e lubrificantes (-4,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-6,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3%).

Nos 12 meses, o comércio registra queda de 0,6%. Isso indica, segundo a pesquisadora, que apesar dos resultados positivos de setembro, ainda não foi possível reverter todas as perdas do passado. De acordo com Isabella, o varejo opera em um ritmo 8,5% abaixo do patamar mais elevado, que foi registrado em novembro de 2014.

Crescimento

Frente a agosto de 2017, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas no comércio varejista mostrou variação de 0,5%, com predomínio de resultados positivos que alcançam cinco das oito atividades pesquisadas. O avanço de 1% nas vendas do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, seguido por artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,3%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,9%), exerceram as principais influências no resultado global do varejo no mês de setembro de 2017.

Com variações positivas, figuram tecidos, vestuário e calçados (0,2%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,9%). Por outro lado, sinalizando queda nas vendas na comparação com agosto de 2017, encontram-se combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%), ambos registrando o terceiro recuo seguido.

Ainda nessa comparação, as vendas de móveis e eletrodomésticos, com decréscimo de 0,7%, interromperam sequência de quatro taxas positivas, período que o segmento acumulou ganho de 6,1%. Considerando o comércio varejista ampliado, as vendas avançaram 1% em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, também influenciadas pelo avanço de 0,5% em material de construção, enquanto as vendas de veículos, motos, partes e peças registraram recuo de 0,4%, após crescimento de 3% no mês anterior.

 

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