As vendas do comércio varejista brasileiro recuaram 6,2% em 2016, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (14). Essa é a maior queda da série histórica do indicador, iniciada em 2001.
O pior resultado antes desse havia sido registrado no ano anterior, quando a retração chegou a 4,3%. Em 2016, a maioria dos segmentos teve taxas negativas. O que mais puxou a queda geral do varejo foram as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,1%), que tiveram o pior resultado desde 2003.
Na sequência, entre as outras influências estão móveis e eletrodomésticos (-12,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-9,5%) e combustíveis e lubrificantes (-9,2%). “A perda da renda real e o aumento de preços dos alimentos em domicílio, no mesmo período, foram os principais responsáveis pelo desempenho negativo do setor”, afirmou o IBGE.
Dezembro
Em dezembro, o recuo foi de 2% na comparação com o mês anterior, após avanço de 1% em novembro. Já em relação ao mesmo período de 2015, a baixa foi de 4,9%. Em dezembro, os principais destaques negativos partiram de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9%) e móveis e eletrodomésticos (-2,5%).