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A Venezuela nega ter invadido a Colômbia durante exercício militar

O ministro da Defesa da Venezuela, o general Vladimir Padrino López. (Foto: Reuters)

O governo venezuelano negou neste domingo que o país esteja planejando uma incursão militar na Colômbia em meio a realização de exercícios militares da Venezuela frente à ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma possível ação militar no país. No sábado (26), o governador da localidade colombiana de La Guajira, Weildler Guerra, denunciou no Twitter que cerca de vinte militares venezuelanos em motocicletas entraram na zona, fizeram disparos ao ar e “roubaram dinheiro e celulares de vários cidadãos”. O ministro de Defesa da Venezuela, o general Vladimir Padrino, qualificou de falsas tais denúncias.

“Quero negar todas as declarações que tenham se originado da Colômbia denunciando a ida de unidades militares da Guarda Nacional (a Paraguachón, localidade fronteiriça situada em La Guajira)”disse Padrino em um discurso às tropas. “Essas versões são totalmente falsas”, acrescentou o funcionário.
Ele afirma que as declarações de Guerra “são parte de uma estratégia de provocação para gerar um conflito”. Padrino também se referiu a um combate que ocorreu no sábado entre o exército venezuelano e um grupo armado colombiano na fronteira do estado de Táchira, que deixou seis mortos e dois militares feridos.

“Os grupos paramilitares que perturbam o povo da fronteira serão expulsos do país”, comentou o ministro.

A denúncia colombiana poderia aumentar a tensão diplomática entre os dois países vizinhos, após as recentes críticas que o presidente colombiano Juan Manuel Santos expressou contra Maduro, diante das denúncias de repressão na Venezuela. O governo de Caracas, por sua vez, sustenta que Bogotá, junto aos EUA, lideram uma campanha internacional para derrubar Maduro.

Exercícios militares

Imagens da emissora estatal da Venezuela mostravam neste domingo militares durante a segunda jornada do fim de semana chamado de “Exercício Cívico-Militar da Soberania Bolivariana 2017”. Maduro ordenou os exercícios militares realizados pela Força Armada venezuelana em Guárico, após a advertência do presidente americano Donald Trump sobre uma possível “opção militar” frente a crise venezuelana. Mesmo com a ameaça de Trump, a Casa Branco anunciou que não há intenção de intervenção militar “num futuro próximo”.

O canal também transmitiu, durante os primeiros exercícios, imagens de pessoas que chegaram aos centros de alistamento das Forças Armadas e da Milícia Nacional Bolivariana, um corpo de civis que serve como complemento às tropas do governo.

Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu que Colômbia e México esclareçam as declarações atribuídas a um diretor da CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos) sobre um suposto trabalho conjunto para derrubar seu governo e advertiu que, após essas explicações, tomará decisões políticas e diplomáticas. As informações são da EFE.

“Eu exijo que o governo do México e o governo da Colômbia esclareçam essas declarações do diretor da CIA e tomarei decisões de caráter político e diplomático diante desta ousadia”, disse o Maduro. (AG/EFE/Reuters)

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