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Vestido com um quipá, Bolsonaro faz pedido e reza no Muro das Lamentações

Esta é a primeira vez que um representante do Brasil vai ao local na companhia de uma autoridade israelense (Foto: Pixabay)

Por Gabriella Rocha*

Durante a manhã desta segunda-feira (1º), no segundo dia em Jerusalém, o presidente Jair Bolsonaro, juntamente com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, visitou o Muro das Lamentações, um dos locais mais sagrados do judaísmo. Se trata do único vestígio do antigo Templo de Herodes, erguido pelo próprio. Hoje, a região está sob ocupação de Israel, mesmo que os palestinos a considerem como a futura capital do estado que pretendem erguer.

Esta é a primeira vez que um representante do Brasil vai ao local na companhia de uma autoridade israelense. O gesto está entre as ações determinadas por Bolsonaro para consolidar o alinhamento político e a parceria entre o Brasil e Israel. Ele usou um quipá, chapéu símbolo da religião judaica, que demonstra temor e louvor a Deus, realizou um pedido escrito em um papel e fez uma oração, com as mãos apoiadas sob o muro. O gesto foi repetido por Netanyahu, e, logo após, pelo chanceler Ernesto Araújo.

Bolsonaro afirma que a ação não faz parte de nenhum evento ou compromisso político, mas sim pessoal. A atitude também é um forma de manter a equidistância em relação ao conflito israelo-palestino. O mesmo ato foi realizado pelo presidente norte-americano Donald Trump, no ano passado, mas sem a presença de autoridades israelenses.

*Estagiária sob supervisão de Marjana Vargas

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