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Vigilância Colaborativa expande e ganha adesão de mais bairros em Porto Alegre

Unidade de vigilância é composta pela caixa preta e duas câmeras, além de acesso direto à internet, para gravação de imagens João Mattos / AMA /Divulgação

O sistema de vigilância se expande para além do bairro Auxiliadora, em Porto Alegre, – marco zero do projeto – e ganha adesão de mais quatro bairros: Centro Histórico, Moinhos de Vento, Mont’Serrat e Higienópolis.

E marcando essa fase, a AMA (Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Auxiliadora) e representantes dos bairros, irão inaugurar o início da operação da V.C. no Centro Histórico

Segundo o padre Rogério Luís Flôres, responsável pela Catedral Metropolitana de Porto Alegre e representante da Associação de Moradores do Centro Histórico, desde o início de março estavam em negociações para o bairro participar do projeto de cercamento eletrônico.

“A ideia é muito simples, visa transformar nossos bairros em zonas de segurança, ou seja, bairros mais seguros para os familiares, vizinhos, amigos e clientes. E por fim agora, chegou a vez do Centro Histórico”, festeja o padre Rogério. Da mesma forma que o empresário Raul Castelhano, dono da tradicional Confeitaria Sabor de Luna do bairro Mont’Serrat, endossa o modelo.

Ele acredita no poder da micropolítica de engajamento de comerciantes e moradores. “Planos de ação como este podem inspirar a comunidade a aderir à vigilância colaborativa em outros bairros, deixando nossa cidade muito mais segura”, afirma Castelhano.

Para ele, o objetivo é proporcionar maior segurança à comunidade e estimular a circulação de moradores, visitantes e clientes. Lançado em fevereiro deste ano pela AMA (Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Auxiliadora), a Vigilância Colaborativa, que conta com o apoio das corporações policiais – Brigada Militar e Polícia Civil – além da Prefeitura de Porto Alegre, vem cumprindo seu objetivo e os moradores do Bairro Auxiliadora começam a vivenciar a redução da incidência de crimes comuns na região, como furtos, roubos e assaltos.

“Pelo que me chega de informações da vizinhança, a eficácia do modelo vem se provando quando, nitidamente, é observada uma diminuição das ocorrências nas áreas com câmeras da Vigilância Colaborativa no nosso bairro”, pondera Fernando Callegari, síndico de condomínio Esplanada dos Moinhos, parceiro desde a fase inicial do projeto.

O equipamento utilizado, chamado de Astro 4.0, criado pelo engenheiro e especialista em segurança, David Nahon. “A ideia do sistema é simples e a sua maior inspiração veio da experiência que tenho em redução de eventos (crimes) em grandes projetos, aliado a isso temos exemplos de bairros e de outras cidades no mundo que adotaram com suas particularidades soluções parecidas, que envolvem câmeras para auxiliar na resolução de crime”, explica David Nahon.

Ele conta que, entre a fase de pensar e construção foram uns 6 meses, e tendo o apoio da empresa ProteRisco com larga experiência em desenvolver as ideias, acelerou bastante o prazo. “Mas quando se fala em tecnologia sempre temos coisas novas e estamos sempre buscando aprimorar o projeto”, adianta Nahon.

A Vigilância Colaborativa faz a cobertura visual 24 horas das áreas públicas, desde o alinhamento dos condomínios e comércios às áreas de calçadas, ruas, canteiros e servidões; onde predominam as ocorrências.

Sistema

O sistema conta com um equipamento chamado Astro 4.0, composto por uma caixa de metal com internet própria, duas câmeras de alta resolução e alcance de até 50 metros para captação das imagens que, diante do alerta de Atividade Suspeita ou Ocorrência feito pela vítima, morador ou transeunte pelo aplicativo, são capturadas via geolocalização pela empresa parceira, para envio direto à Brigada Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal.

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