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Violência doméstica atinge principalmente mulheres que trabalham fora, aponta Ipea

No começo de janeiro, a Polícia Civil ampliou o plantão de atendimento na Delegacia da Mulher de Porto Alegre. (Foto: Marcos Santos/USP/Reprodução Agência Brasil)

Independência e sucesso financeiro não garantem a proteção às mulheres contra a violência doméstica. Longe disso: um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o índice de violência contra mulheres que integram a população economicamente ativa (52,2%) é praticamente o dobro do registrado pelas que não compõem o mercado de trabalho (24,9%).

Conforme dados do estudo, o índice de violência doméstica com vítimas femininas é três vezes maior que o registrado com homens. Os dados avaliados na pesquisa mostram também que, em 43,1% dos casos, a violência ocorre tipicamente na residência da mulher, e em 36,7% dos casos a agressão se dá em vias públicas.

Ainda de acordo com o estudo, outras políticas públicas se fazem necessárias “como o investimento em produção e consolidação de bases de dados qualificados sobre a questão, o aperfeiçoamento da Lei Maria da Penha e intervenções no campo educacional para maior conscientização e respeito às diferenças de gênero”.

O conteúdo completo da pesquisa, elaborada por Daniel Cerqueira, Rodrigo Moura e Wânia Pasinato, pode ser acessado na página do Ipea na internet.

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