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Vítimas de violência doméstica podem registrar denúncia pela internet através de plataforma criada pela Polícia Civil

A jovem deixou um filho, na época, com 9 anos de idade. (Foto: EBC/Reprodução)

Uma forma rápida, simples e segura de denunciar os crimes envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher é registrar a ocorrência pela internet. A Delegacia Online é uma plataforma digital criada pela Polícia Civil gaúcha onde as vítimas podem relatar as agressões sofridas sem ter que ir até a delegacia de polícia e que também facilita a solicitação de medidas protetivas de urgência.

A juíza-corregedora Gioconda Fianco Pitt, que coordena a Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica, ressaltou que a ferramenta é uma importante aliada, em tempos de pandemia. “O serviço está facilitando o acesso à vítima à busca de justiça, bem como a romper com o ciclo de violência que, infelizmente, se intensificou durante a pandemia da Covid-19, já que as relações familiares tornaram-se mais acirradas”, acrescentou.

Pelo sétimo mês consecutivo, o Rio Grande do Sul teve menos mulheres assassinadas por motivos de gênero do que em igual período do ano passado. O número de feminicídios em novembro passou de 11, em 2019, para cinco – queda de 55% e o menor total para o intervalo desde 2013, quando houve duas vítimas.

Os dados fazem parte dos indicadores criminais da Secretaria da Segurança Pública. Em 2019, foram 90 feminicídios nos 11 meses a partir de janeiro. Neste ano, a soma reduziu para 72, redução de 20%, para o menor total no período desde 2014, que teve 67 assassinatos motivados pelo gênero das vítimas.

Em 2020, segundo a Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher da Polícia Civil, as 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher do Estado remeteram mais de 34 mil procedimentos de violência doméstica ao Poder Judiciário e efetuaram mais de 500 prisões de agressores.

Pelas Patrulhas Maria da Penha da Brigada Militar, além da ampliação em 135% no número de municípios atendidos – de 46, no início de 2019, para os atuais 108 –, foram realizadas até o final do mês de novembro 39.654 visitas a mulheres amparadas por medidas protetivas de urgência, resultando em 144 prisões de agressores por descumprimento da ordem se manterem afastados.

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