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Wagner Moura rejeita estereótipo latino na tela: “Por que não brasileiro?”

(Foto: Bob Wolfenson/Divulgação)

O ator Wagner Moura, 49, revelou, em entrevista à revista norte-americana Variety, que busca papéis brasileiros no mercado internacional – rejeitando personagens latinos estereotipados após ganhar fama mundial ao interpretar o traficante colombiano Pablo Escobar em “Narcos” (2015-2017).

“Você consegue imaginar a quantidade de propostas que recebi para interpretar traficantes depois disso? Eu senti uma responsabilidade como ator latino de não reforçar estereótipos. Eu quero os mesmos tipos de papéis que qualquer ator branco americano receberia. Essa é a verdadeira luta”, disse.

“É estranho, as pessoas raramente pensam em brasileiros quando dizem latino. Mas eu insisto. Por que não brasileiro?”, disparou.

Ao longo dos últimos anos, Moura se consolidou no cenário internacional. Ele fez sua estreia em Hollywood em 2013 ao integrar o elenco de “Elysium”, protagonizado por Matt Damon. Em 2015, o baiano ganhou fama internacional ao viver Pablo Escobar em “Narcos”. A partir daí, ele passou a somar produções internacionais no currículo, como “Wasp Network: Rede Espiões” (2019), “Sergio” (2020), “Guerra Civil” (2024) e “Ladrões de Drogas” (2025).

Este ano, no entanto, marca o retorno do astro ao cinema brasileiro. Ele é o protagonista de “O Agente Secreto”, novo filme de Kleber Mendonça Filho. Pelo papel, ele foi premiado como Melhor Ator no Festival de Cannes e está cotado para o Oscar 2026.

A trama é ambientada na década de 1970 e acompanha Marcelo, um especialista em tecnologia, que foge de um passado misterioso e decide voltar ao Recife em busca de um pouco de paz, mas percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura. “O Agente Secreto” estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro.

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