Ícone do site Jornal O Sul

Yeda Crusius afirma que única saída para o Estado será arrecadar mais

Ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) (Foto: Banco de Dados/ o Sul)

A ex-governadora Yeda Crusius (PSDB), que governou de janeiro de 2007 a janeiro de 2011, é hoje uma observadora atenta da cena política e administrativa gaúcha. Depois de ter herdado as dificuldades decorrentes de duas das maiores estiagens da história do Estado, que comprometeram safras e receitas do governo anterior, de Germano Rigotto (PMDB), Yeda, para enfrentar o déficit encontrado nas finanças, tentou iniciar seu governo com um projeto de aumento de impostos, que foi rechaçado pela sua própria base e que lhe custou o apoio do Democratas e o rompimento com o seu vice-governador, Paulo Feijó. Ela avalia para o colunista que “só o tempo permite que se conheça a história. Não foi percebida a gigantesca transformação que realizamos em 4 anos, com gastos maiores, porém eficazes e eficientes enquanto pagávamos a dívida do passado acumulada. Aos poucos vai sendo percebido o que foi feito para enfrentar crise estrutural”.

Yeda avalia a situação atual

Ex-ministra do Planejamento, a economista com duas pós-graduações, uma delas na Universidade de Vanderblit, que dirigiu a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e foi ministra do Planejamento (1993), avalia com tranquilidade o que se passou após o seu governo colocar as contas em dia e deixar saldo em caixa para o seu sucessor, Tarso Genro (PT): “Mas desmancharam o bem feito e agora não há dinheiro para pagar as contas”. Yeda lamenta ainda que, hoje, o governo sequer elaborou um plano objetivo. “Nem plano estrutural para tal crise, que seria a alternativa. Não resta outra, portanto, senão tentar arrecadar mais de todas as formas”, o que deverá levar a um projeto de aumento dos impostos, especialmente o ICMS. Sobre a possibilidade de uma saída através de Brasília, ela, com a experiência de quem já teve protagonismo nos dois lados do balcão – governo federal e estadual – deixa claro que “do governo federal virá cada vez menos”.

Situação atual

Atualmente, a ex-governadora Yeda Crusius é a primeira suplente da bancada federal, mas já disse ao colunista que em nenhum momento foi sondada pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) sobre a perspectiva de assumir a cadeira. A sua vaga dependeria de algum deputado federal da coligação (PP ou PRB) assumir outro cargo. O fato é que hoje, em especial no bloco do PSDB no Congresso, a experiência e o conhecimento na área econômica da ex-governadora certamente estão fazendo falta para a qualificação do debate sobre a crise econômica.

Alceu indignado com Dilma

O deputado federal Alceu Moreira (PMDB) está irritado com o mais recente veto da presidente Dilma Rousseff. Segundo Alceu, “em mais uma demonstração de falta de sensibilidade com os setores produtivos, a presidente Dilma Rousseff vetou a emenda à Medida Provisória 670 que isentava o PIS/Cofins do óleo diesel”. A isenção foi proposta por Alceu, juntamente com seus colegas Osmar Terra (RS) e Valdir Colatto (SC) durante a greve que parou vários pontos do País recentemente. “Ela geraria uma redução dos custos mensais dos caminhoneiros entre R$ 2,2 mil e R$ 2,5 mil, até porque, hoje trabalham com perdas maiores que lucros”, estimou Moreira, que defende que o grupo batalhe agora pela derrubada do veto pelo Congresso.

Emenda para Passo Real

O deputado federal Giovani Cherini (PDT) aproveita o recesso para prestar contas às suas bases. Sábado, segundo Cherini, “fizemos a entrega de uma emenda no município de Salto do Jacuí, que vai viabilizar uma patrulha agrícola para a comunidade de Passo Real. A entrega foi feita para o prefeito Nico e para o vereador Pacífico. Fomos recebidos na comunidade do Passo Real com uma gostosa galinhada e fizemos a entrega simbólica com a presença do prefeito e representantes da comunidade”.

Sair da versão mobile