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Zagueiro do Grêmio é vítima de golpistas que desviavam salários de jogadores; chefe do esquema é preso no Paraná

A quadrilha teria desviado R$ 400 mil do jogador Kannemann. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

O chefe de uma organização criminosa investigada por falsificar documentos do zagueiro do Grêmio Walter Kannemann para aplicar golpes financeiros por meio da portabilidade de salários, foi preso em Curitiba (PR), segundo a Polícia Civil (PC-PR). Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Cruzeiro também foi vítima.

O nome do estelionatário não foi divulgado. Com ele, a polícia apreendeu celulares, documentos com dados de vítimas e cópias fraudulentas de RGs. Além dele, outra pessoa foi presa no Paraná e mais sete em Rondônia, Estado que também teve participação em uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (24).

“Com os documentos falsos, o grupo criminoso abria contas em instituições bancárias e solicitava a portabilidade de salário destes jogadores”, explica o delegado Thiago Lima.

Ainda conforme o delegado, a estimativa é que a organização criminosa teve acesso a valores pertencentes às vítimas e faturado R$ 1,2 milhão, sendo R$ 400 mil do jogador Kannemann e R$ 800 mil de Gabigol.

A operação ocorreu também em municípios do Mato Grosso e Amazonas. De acordo com a polícia, entre os criminosos beneficiários identificados, também estão pessoas jurídicas com sede em Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO). Em MT e RO, cerca de R$ 800 mil foram apreendidos com suspeitos.

Segundo o delegado Thiago Lima, de Curitiba, a Polícia do Paraná identificou a fraude no nome de Walter Kannemann, enquanto a Polícia de Rondônia descobriu a falsificação com os documentos de Gabigol.

A investigação começou, segundo o delegado, após o banco alvo da fraude perceber as movimentações suspeitas em nome dos jogadores e denunciar o caso. O nome da instituição não foi oficialmente divulgado.

A polícia cumpriu sete ordens judiciais, sendo cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária. Os investigados devem responder pelos crimes de estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A ação teve o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

De acordo com a polícia, o grupo investigado abria contas bancárias com documentos falsos e dados não só dos jogadores, mas também de pessoas comuns. Depois, solicitavam a portabilidade de salários para a conta fraudulenta controlada pelos golpistas.

Quando os valores eram recebidos, os suspeitos transferiam o dinheiro para outros bancos, compravam produtos e serviços ou sacavam o dinheiro em caixas eletrônicos, para pulverizar o dinheiro e dificultar a recuperação.

Depois de detectar a fraude, a polícia informou que a instituição financeira corrigiu a vulnerabilidade para portabilidade e ressarciu as vítimas.

Os suspeitos podem responder por fraude eletrônica, uso de identidade falsa, falsificação documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar os 30 anos de prisão. As informações são do portal de notícias g1.

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