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Zambelli diz que vai se apresentar às autoridades italianas para não ser considerada fugitiva

Zambelli foi condenada em maio deste ano pelos crimes de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça. (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que pretende se apresentar às autoridades da Itália, país para onde fugiu após condenação por ter invadido os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para não ser considerada fugitiva.

Zambelli afirmou que deseja se regularizar no país para não parecer que está afrontando as autoridades italianas. Ela disse que precisa se apresentar às autoridades para informar de que está no país.

Ela também disse que, na Itália, busca proteção ao que ela afirma ser uma perseguição política.

Condenação e fuga

Zambelli foi condenada em maio deste ano pelos crimes de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena inclui 10 anos de prisão, perda do mandato parlamentar e multa.

O hacker Walter Delgatti Netto foi sentenciado a oito anos e três meses de prisão, também em regime inicial fechado, e multa de 480 salários-mínimos. Os dois devem pagar juntos R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.

Ela deixou o Brasil no fim de maio, antes de o pedido de prisão ser tornado público.

A Polícia Federal confirmou que a deputada atravessou a fronteira com a Argentina, seguiu para os Estados Unidos e depois viajou para a Itália.

Fontes confirmaram  que Zambelli chegou a Roma na manhã da quinta-feira (5), antes de seu nome ser incluído na lista de difusão vermelha da Interpol — o alerta internacional para fins de localização e prisão.

A inclusão foi solicitada pela Polícia Federal a partir de decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

Na quarta-feira (4), a assessoria da deputada ainda afirmava que ela estava na Flórida, nos EUA.

Agora, com o nome na lista vermelha, Zambelli pode ser presa fora do Brasil, caso seja localizada pelas autoridades italianas ou por outro país cooperante.

Nesta sexta-feira (6), o banco Itaú bloqueou contas e cartões da deputada após ordem de Moraes.

Com cidadania italiana, Zambelli chegou a dizer que, estando na Itália, ficaria impedida de ser extraditada ao Brasil.

“Tenho cidadania italiana e nunca escondi, se tivesse alguma intenção de fugir eu teria escondido esse passaporte. Como cidadã italiana, eu sou intocável na Itália, não há o que ele possa fazer para me extraditar de um país onde eu sou cidadã, então eu estou muito tranquila quanto a isso”, afirmou a parlamentar l, na terça-feira (4/06).

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