A ministra do Meio Ambiente do Zimbábue, Oppah Muchinguri, pediu nesta sexta-feira (31) a extradição do dentista norte-americano Walter Palmer, que matou o leão Cecil, considerado símbolo do país africano. O animal vivia no parque natural de Hwange.
“Pedimos às autoridades competentes sua extradição ao Zimbábue para que possa ser julgado pelas infrações que cometeu”, declarou Oppah em uma coletiva de imprensa, na qual lamentou que não tenha sido possível detê-lo no território do país, “já que havia desaparecido rumo ao seu país de origem” quando o escândalo explodiu.
Cecil, macho dominante do parque, se destacava por sua juba preta pouco comum e era alvo de uma pesquisa científica sobre a longevidade dos leões da universidade britânica de Oxford, que o equipou com um colar de localização.
O tribunal de Hwange, competente para julgar o caso, acusou o operador de safáris de caça Theo Bronkhorts de “não ter impedido uma caça ilegal”. Ele foi colocado em liberdade vigiada antes do início do julgamento, em 5 de agosto. Honest Ndlovu, o proprietário da fazenda onde o leão foi morto, provavelmente será acusado na próxima semana. O anima sido atraído para fora da reserva de Hwange, depois caçado, ferido com uma flecha e finalmente morto após ficar 40 horas encurralado.
O caçador norte-americano, alvo dos militantes da causa animal em todo o mundo, manifestou arrependimento em um comunicado divulgado na terça-feira (28).
