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Zoo faz enquete para escolher nome de pequenas leoas

As pequenas leoas nasceram no dia 18 de maio. (Foto: Paulo Gil/Zoológico de São Paulo)

O Zoológico de São Paulo criou uma enquete para escolher os nomes das duas fêmeas filhotes de leão nascidas em 18 de maio deste ano e apresentadas ao público nessa quarta-feira (19). É possível votar em Naila (que significa, em árabe, a que tem sucesso) e Núbia (dourada); Aisha (vitalícia) e Amira (princesa); ou Kênia (pequena rainha) e Zaila (feminina).

As leoazinhas são filhas do macho chamado Iduma, que veio da África do Sul, e da fêmea Erindi, procedente da Holanda. O casal vinha sendo monitorado, no Brasil, pela Fundação Parque Zoológico de São Paulo há pouco mais de um ano.

O casal e seus filhotes recebem cuidados diários de uma equipe composta por tratadores, biólogos e veterinários. Os filhotes foram mantidos, no início da vida, em área restrita. Nas últimas semanas, passaram por uma fase de adaptação ao recinto, na área de exposição.

A assessoria de imprensa do Zoológico informou que os filhotes não podem ser integrados à natureza por estarem habituados com a presença humana.

O Zoológico de São Paulo existe desde 1958 e tem mais de 3,2 mil animais, entre aves, répteis, mamíferos, anfíbios e invertebrados. São mantidos animais raros como os orangotangos, o gavial da Malásia, os rinocerontes-brancos, a ararinha-azul-de-lear, entre outros.

Inseminação artificial

Eles ainda são pequenos, mas já anunciam boas notícias. Dois filhotes de leão gerados por inseminação artificial nasceram no Centro de Conservação e Banco Genético Ukutula, na África do Sul, no dia 25 de agosto. Os filhotes passaram as duas primeiras semanas de vida sob observação médica. Eles foram batizados em homenagem à veterinária responsável pelo projeto, Isabel Callealta e seu noivo, Victor.

O projeto foi o primeiro a utilizar sêmen fresco coletado do leão pai para a inseminação não cirúrgica na fêmea. O material foi introduzido na leoa através de um pequeno cano, sem que fosse necessário nenhum corte.

Segundo uma pesquisa do Centro de Conservação e Banco Genético Ukutula (UCC & Biobank, em inglês), a população de leões reduziu de 1,2 milhão no século 19 para apenas 18 mil em 2018. Embora a espécie consiga se reproduzir bem em cativeiro, a diminuição da espécie na natureza e a morte dos leões mais velhos que vivem em zoológicos pode ser uma ameaça à reprodução natural.

A intenção é que o protocolo desenvolvido para a inseminação artificial em leões com o caso de Isabel e Victor possa ser uma carta na manga para evitar a extinção da espécie. O próximo passo é tentar aprimorar as técnicas e considerar o congelamento de sêmen, que pode facilitar o processo à distância.

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