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Zoológico vai processar o homem que entrou na jaula dos leões e obrigou a segurança a matar dois animais que estavam lá

O jovem Franco Ferrada está internado em estado grave. (Foto: Reprodução)

O zoológico de Santiago, no Chile, informou que vai tomar medidas legais contra o jovem Franco Luis Ferrada Román, de 20 anos, que entrou na jaula dos leões no último sábado, resultando na morte de dois animais para protegê-lo. O anúncio foi feito durante uma entrevista do diretor do Parque Metropolitano, Mauricio Fabry, para a emissora de rádio chilena “Cooperativa”. “Há uma violação legal grave, dano à propriedade e há a morte de dois seres vivos que gostamos muito, então vamos tomar as medidas legais adequadas”, afirmou.

Ele contou, ainda, que Franco entrou na jaula após escalar um muro e cair pelo teto. “Toda a ação durou quatro minutos. Os leões se assustaram e não o atacaram, mas ele ficou instigando os animais. Em 90 anos do zoológico nunca tivemos algo assim. O recinto é feito para conter os animais e não um ato suicida como esse”, disse o diretor do parque onde fica o zoológico.

O jovem levou um mordida no pescoço e está em estado grave, mas estável, na Clínica Indisa, em Santiago. Psicólogos acreditam que ele teve um surto messiânico. Numa carta que teria sido encontrada nas roupas dele, ele se chama de profeta, e diz que o apocalipse teria chegado e Deus iria protegê-lo.

Para salvar a vida dele, as equipes agiram rápido e, seguindo protocolos legais, atiraram nos leões para proteger a vida de Franco. Se tranquilizantes tivessem sido usados, ele provavelmente teria sido morto porque os medicamentos demoram cerca de 5 minutos para fazerem efeito. Na ação, morreram o leão Manolo, que nasceu no parque, e a leoa La Flaca, que tinha sido resgatada de um circo.

Após a tragédia, entidades de defesa dos animais intensificaram as campanhas para que o zoo de Santiago feche as portas. Segundo as ONGs, se os animais não estivessem em cativeiro, ações assim não aconteceriam.

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