Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2015
Um novo relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) mostrou que mais de 13 milhões de crianças têm ficado fora da escola no Oriente Médio e no Norte da África por conta dos conflitos armados nas regiões. Segundo o documento, nove territórios, dentre os quais estão Síria, Líbia, Iraque e Iêmen, estão vivendo o crescimento de uma geração longe do sistema de educação. Professores e escolas também têm escasseado.
Nos quatro países onde os conflitos são mais acirrados, cerca de 9 mil escolas estão inutilizáveis como locais de ensino, sendo usadas para abrigar pessoas ou sendo destruídas. Só no Iêmen, mais de 40% das crianças estão fora da escola. Professores também têm fugido com medo dos conflitos.
De acordo com a maior parte dos relatos de migrantes ouvidos pela ONU (Organização das Nações Unidas), a educação de seus filhos é a principal preocupação deles. Como muitos países na região não têm conseguido absorver a demanda, eles buscam chegar a nações de economia mais sólida.
Outros territórios das regiões, como Sudão, Palestina, Líbano, Jordânia e Turquia, sofrem para manter o sistema educacional adequado. Tanto nos países de maior conflito quanto nestes, houve um aumento considerável na evasão escolar.
Nas áreas mais instáveis, as crianças têm trabalhado para ajudar os pais a se sustentarem, e o Unicef teme um caso ainda pior: que uma geração inteira comece a ficar entregue ao trabalho informal e até ao crime.
“Estamos à beira de perder uma geração inteira nas regiões. Temos que fazer frente a isso, senão se tornará algo irreversível e o dano a longo prazo afetará todas as crianças destes lugares” alertou o diretor regional do órgão, Peter Salama. (AG)