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Saúde 53% dos idosos brasileiros não se sentem velhos, revela uma pesquisa

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Estudo foi divulgado durante evento em São Paulo. (Foto: Divulgação)

Cinquenta e três por cento dos idosos brasileiros não se sentem velhos, e a velhice assusta apenas 14% das pessoas acima de 55 anos, segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia em parceria com a Bayer. Conforme o estudo, 63% pensam a respeito do envelhecimento.

Em busca de uma melhor qualidade de vida, 24% desse público visita o médico com freqüência, 23% se alimenta bem, 17% pratica exercícios regularmente, 76% lê ou faz alguma atividade que desafie o cérebro e 64% frequenta eventos sociais semanalmente. Apesar de 62% dos entrevistados terem alguma doença crônica e 65% fazerem o uso de medicamentos, 64% se consideram saudáveis. Os dados foram apresentados durante o  evento “Longevidade: como chegar a uma maturidade plena”, realizado em São Paulo. A pesquisa foi feita em dez capitais brasileiras, entre elas Porto Alegre.

A solidão é o principal medo para 29% dos idosos, seguida da incapacidade para enxergar ou se locomover (21%) e do desenvolvimento de doenças graves (18%). A expectativa de vida dos brasileiros subiu de 43 anos, em 1945, para 75 anos, em 2012. “Com a revolução da longevidade, a vida deixou de ser uma corrida de cem metros para se transformar em uma maratona”, disse o gerontólogo Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional da Longevidade Brasil, no Rio de Janeiro. Ele destacou que, em 2065, o Brasil deverá ter 78 milhões de idosos – 34% da população total. Em 2015, o País tinha 24 milhões de pessoas com mais de 60 anos – 12% da população.

“O Brasil vai envelhecer a sua população sem chegar ao desenvolvimento pleno”, afirmou Kalache. O aumento do número de idosos ocorre em razão da diminuição da taxa de fecundidade. Ele ressaltou os quatro capitais necessários para envelhecer com qualidade: saúde, conhecimento, social e financeiro. “A pessoa que ao longo da vida toma medidas para prevenir doenças crônicas terá um melhor envelhecer. Quanto mais cedo começar a tomá-las, melhor. Mas nunca é tarde demais”, disse.

O gerontologista também citou o contraste entre os brasileiros que estão envelhecendo bem e os que não têm essa oportunidade devido às desigualdades sociais e salientou a importância de estimular a interação entre todas as gerações. “A melhor palavra que rima com longevidade é solidariedade”, concluiu.

A presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, seccional São Paulo, Maisa Kairalla, ressaltou que o Brasil envelhecerá muito mais rápido do que os outros países e que 60% das pessoas desconhecem essa transição demográfica. “Ainda é comum a sociedade se voltar para a velhice com preconceitos e rótulos que não representam essa parcela da nossa população. O envelhecimento ainda é acompanhado por estigmas que precisam ser quebrados”, afirmou.

Em 2050, 51% dos idosos no Brasil serão dependentes financeiramente ou socialmente, de acordo com o IBGE. “É fundamental ter atenção quando o assunto é envelhecimento ativo e saudável. O idoso precisa ser autônomo, independente e praticar atividades que tragam propósito ao seu dia a dia”, disse. “O envelhecimento traz consigo as doenças. Trinta por cento são de carga genética, e o resto você decide”, concluiu.

A jornalista e autora do livro “A Revolução das 7 Mulheres” disse que “tem que mostrar para os jovens que a velhice é um privilégio”. Ela ressaltou  a importância do cuidado com a saúde.  “Não se conhece centenário obeso”, destacou.

A escritora é da chamada geração dos Baby Boomers – pessoas nascidas entre 1946 e 1964. Ela citou exemplos de mulheres maduras bem-sucedidas. “Atualmente, é muito mais difícil para os jovens adquirirem patrimônio, fazer carreira, por causa do desemprego e salários achatados, para garantir uma velhice tranquila”, declarou.

Marília Gabriela

A jornalista e atriz Marília Gabriela também foi uma das convidadas do evento promovido pela Bayer. “Envelhecer com qualidade é envelhecer com saúde. Se você cuidou da sua saúde mental e física, quando a velhice chega, você nem percebe. Se você se tratou bem a vida toda, você chega lá saudável”, disse.

Aos 69 anos, Marília revelou que atualmente quer aproveitar mais a vida, por isso parou de trabalhar na TV e está se dedicando ao teatro, que considera uma família. “Quero ter projetos que não me escravizem. Parei com a obrigação. Parei porque quis. Vou usar o que eu economizei a vida inteira”, afirmou. “As pessoas têm medo de envelhecer porque depois do envelhecimento vem a morte. O medo nunca fez parte do meu repertório”, completou.

“A  minha libido baixou consideravelmente. Tive uma vida sexual muito ativa. Isso não é tão mais importante quanto sair com amigos e dar boas risadas”, contou. “Eu espero que a minha velhice, aqui assumida, possa servir de utilidade para outras pessoas”, concluiu entre risos e aplausos da plateia formada por jornalistas de todo o Brasil. (Marcelo Warth/O Sul)

(Foto: Divulgação)

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