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Brasil A 57ª fase da Operação Lava-Jato investiga o pagamento de 31 milhões de dólares em propinas para funcionários da Petrobras

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A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quarta-feira (05) a 57ª fase da Operação Lava-Jato. Esta etapa, de acordo com a PF, investiga a ação de uma organização criminosa que agia na área de trading da Petrobras. Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 26 de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro e do Paraná. Pelo menos seis pessoas foram presas.

O pagamento de pelo menos US$ 31 milhões em propinas para funcionários da Petrobras, entre 2009 e 2014, é apurado nesta fase, segundo o MPF (Ministério Público Federal). O pagamento foi feito por grandes empresas do mercado de petróleo e derivados. O valor atualizado equivale a R$ 119.427.500. A área de trading realiza negócios de compra e venda de petróleo e derivados da Petrobras por ou para empresas estrangeiras.

Mandados de prisão

Dos 11 mandados de prisão preventiva, que são por tempo indeterminado, dez foram cumpridos na cidade do Rio de Janeiro e um em Petrópolis (RJ). De acordo com as investigações, advogados lavavam dinheiro para agentes públicos.

Os investigados podem responder por corrupção, organização criminosa, crimes financeiros e de lavagem de dinheiro, segundo a PF.  Esta nova fase da Lava-Jato foi batizada de “Sem Limites”. Há ainda ordens de sequestros de imóveis, indisponibilidades de contas bancárias de investigados e bloqueio de valores até o limite dos prejuízos.

Sem Limites

Conforme a PF, foram verificados indícios de irregularidades na realização de negócios de locação de tanques de armazenagem da Petrobras pelas empresas investigadas.

Todas as ações viabilizavam o pagamento de vantagens indevidas a executivos e ganhos acima dos praticados no mercado para essas empresas, ainda de acordo com a PF. Esta etapa também apura esquemas de corrupção na área de afretamento de navios. O esquema criminoso, de acordo com a PF, ocorreu até meados de 2014. Contudo, a PF não descarta a continuidade do esquema na área a trading, com ramificações internacionais.

As operações de trading de óleos combustíveis e derivados eram de responsabilidade da diretoria de Abastecimento da Petrobras, especificamente da gerência executiva de Marketing e Comercialização.

“Gigantes” sob investigação

Vitol, Trafigura e Gleconre – empresas com atuação internacional – estão entre as investigadas. Elas têm, de acordo com o MPF, faturamento superior ao da Petrobras. Ainda segundo o MPF, essas três empresas pagaram, respectivamente, 5,1 milhões, 6,1 milhões e 4,1 milhões de dólares para intermediários e funcionários.

Os pagamentos estão relacionados a mais de 160 operações de compra e venda de derivados de petróleo e aluguel de tanques para estocagem. Além dessas três, outras trading companies também estão sendo investigadas.

Busca e apreensão

Um dos mandados de busca e apreensão é contra Omar Emir Chaves Neto. Ele é diretor de uma empresa de transporte marítimo. Chaves Neto era ligado a Konstantinos Kotronakis, ex-cônsul honorário da Grécia. Kotronakis chegou a ser proibido de deixar o País pelo então juiz federal Sérgio Moro, por suspeita de pagar propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Os policiais permaneceram cerca de uma hora no apartamento de Chaves Neto, no Rio. Eles apreenderam um computador, um HD externo e um celular. Jorge Oliveira Rodrigues também foi alvo de busca e apreensão.

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