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Mundo A Argentina cancelou a recompensa para quem encontrasse o submarino desaparecido

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A justificativa do governo de Mauricio Macri para retirar a oferta é que esta “não conseguiu atingir seu objetivo”, ou seja, de “determinar com precisão a localização do submarino”. (Foto: Reprodução)

O Ministério da Defesa da Argentina cancelou nessa quarta-feira a recompensa de 98 milhões de pesos (R$ 13,9 milhões) para “aqueles que oferecessem informação útil e verídica sobre a localização precisa do ARA San Juan”, a poucos dias de que se complete oito meses do desaparecimento do submarino com 44 tripulantes.

A resolução causou revolta entre familiares, que desde o início da semana protestam em frente à Casa Rosada, colocando nas grades da sede do governo imagens dos desaparecidos, bandeiras nacionais e frases como “queremos saber onde estão os 44”.

A justificativa do governo de Mauricio Macri para retirar a oferta é que esta “não conseguiu atingir seu objetivo”, ou seja, de “determinar com precisão a localização do submarino”. Tampouco o concurso, do qual participaram nove empresas e uma, espanhola, foi escolhida, levou a avanços na investigação.

Segundo o ministro da Defesa, Oscar Aguad, o governo estuda agora realizar nova licitação, contratar diretamente a americana Ocean Infinity, responsável pela busca do avião da Malaysia Airlines desaparecido no oceano Índico, ou desistir de uma vez do resgate, devido ao tempo transcorrido.

Os familiares de plantão frente à Casa Rosada, porém, dizem que o governo já desistiu do projeto e deixou de atendê-los diretamente, e sim por meio de intermediários.

Espera do filho

Yolanda Mendiola, 55 anos, relembra o gosto amargo da manhã de 17 de novembro de 2017, há quase oito meses. “Estava tomando ‘mate’ [o equivalente argentino do chimarrão] e assistindo à TV quando ouvi que o submarino tinha perdido a comunicação já havia dois dias”, contou a dona de casa.

Desde então, nem ela, mãe de um submarinista, nem nenhum familiar dos 44 ocupantes do ARA (Armada da República Argentina) San Juan sabem o que aconteceu com a embarcação ou com aqueles que estavam nela, a pelo menos 250 metros de profundidade.

O navio perdeu contato com a base por volta das 7h30 de 15 de novembro do ano passado. O último sinal captado foi enviado de 430 km da costa, na região da Patagônia argentina. Investigações detectaram indícios de explosão nas proximidades por volta das 10h30 do mesmo dia, mas, até o momento, nada foi confirmado.

Na última semana de junho, um grupo de cerca de 20 pessoas, a maioria mães, mulheres e irmãs dos militares, formou um acampamento improvisado junto às grades da Casa Rosada para cobrar celeridade nas investigações.

“Não posso mais viver assim. Inteiro ou em pedaços, vivo ou morto, preciso saber como está o meu filho”, disse Mendiola, mãe de Leandro Cisneros, 28, cuja foto ela carrega no peito. Ela mandou confeccionar um broche com a imagem dele, vestido com boina e traje militar.

Segundo a Marinha da Argentina, a procura pelo ARA San Juan continua. Mas um imbróglio burocrático irritou os familiares, que, há oito meses, esperam respostas e acusam o governo de lentidão.

Há mais de um mês, a Argentina tenta contratar uma empresa estrangeira que forneça tecnologia de busca submarina de que o país não dispõe. No fim de junho, no entanto, por ordem do Escritório Nacional de Contratações, que viu irregularidades na licitação, o processo foi interrompido. “Fazem isso de propósito, para esticar o tempo”, diz Zulma Sandoval, mãe de um tripulante do submarino.

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https://www.osul.com.br/a-argentina-cancelou-a-recompensa-para-quem-encontrasse-o-submarino-desaparecido/ A Argentina cancelou a recompensa para quem encontrasse o submarino desaparecido 2018-07-11
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