Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2018
A chefe do time feminino de ginástica, Rhonda Faehn, foi afastada na sexta-feira pela Federação Americana de Ginástica (USA Gymnastics). No cargo desde 2015, ela foi acusada de não ter atuado com veemência quando recebeu as primeiras denúncias de abuso sexual contra o médico Larry Nassar.
O médico, que foi considerado culpado por abusar de pelo menos 156 mulheres durante a época em que servia a equipe de ginástica do país, foi condenado a 175 anos de prisão. O diretor-executivo da USA Gymnastics, Kerry Perry comentou sobre o afastamento de Rhonda. “Reconhecemos que esta mudança pode ser difícil, mas não deixaremos de tomar decisões necessária e complicadas para transformar nossa organização. Estamos concentrados em criar uma cultura que empodere e coloque nossos atletas em primeiro lugar”
A chefe da equipe foi acusada por uma das vítimas, a ginasta Aly Raisman, dona de três ouros olímpicos, foi uma das que apontou negligência da chefe da equipe quanto às denúncias contra Larry Nassar. Essas acusações levaram a meses de muitas discussões dentro da federação sobre o afastamento de Rhonda até a decisão final desta sexta.
Indenização
A Universidade do Estado de Michigan, onde trabalhava Larry Nassar, anunciou, ter chegado a um acordo para pagar 500 milhões de dólares (cerca de 1,8 bilhão de reais) de indenização às vítimas do ex-médico da equipe de ginástica dos Estados Unidos.
Segundo a universidade, o compromisso assinado com os advogados representantes das 332 vítimas foi um “acordo global” e põem um fim às reivindicações judiciais contra funcionários da universidade envolvidos no maior escândalo de abusos sexuais da história do esporte americano.
O acordo não inclui as reivindicações contra a equipe de ginástica dos Estados Unidos, contra o Comitê Olímpico americano e as técnicas de ginástica Bela e Marta Karolyi, entre outros, e não encerra uma investigação penal sobre a participação da universidade no comportamento de Nassar.
Nassar foi sentenciado, em janeiro, a prisão perpétua, depois de se declarar culpado de abusar sexualmente de mulheres e crianças ao longo de duas décadas, com o pretexto de estar realizando exames e tratamentos médicos nas atletas.
“É a sincera esperança de todas as sobreviventes que o legado deste acordo seja uma reforma institucional de grande alcance que colocará fim à ameaça de agressão sexual no esporte, nas escolas e em toda nossa sociedade”, declarou o advogado John Manly, que representa muitas das vítimas.