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Brasil A conduta dos filhos nas redes sociais não é problema só para Bolsonaro

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Não se sabe ao certo quanto a "metralhadora virtual" de Carlos Bolsonaro (D) tem ou não o aval do pai. (Foto: Reprodução/Instagram)

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, é uma espécie de “pitbull” nas redes sociais. Seus posts provocam crises constantes no Palácio do Planalto, já ajudaram a derrubar um ministro e atualmente têm como alvo principal o vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão.

Não se sabe ao certo quanto a “metralhadora virtual” de Carlos tem ou não o aval do pai, mas a verdade é que não é só o presidente da República que precisa se preocupar com o que os filhos andam fazendo na internet. Ensinar desde cedo os limites da conduta virtual tem sido um imperativo dentro de casa e nas escolas.

Facebook, Instagram e Twitter só permitem inscrição a partir dos 13 anos, por exemplo. Mas, mesmo com essas restrições nas políticas de uso de páginas e aplicativos, especialistas admitem que a vida digital dos pequenos é inevitável.

“Em algum momento, no decorrer dos próximos três a cinco anos, não vai existir mais o mundo offline”, afirma a psicóloga Andréa Jotta, do Laboratório de Estudos de Psicologia da Informação e Comunicação da PUC de São Paulo. “E preparar essas crianças para isso significa trabalho”, prossegue.

A base dessa orientação é mostrar que tudo o que é feito na internet deixa rastros, dificilmente é apagado e pode ser compartilhado, reproduzido e lembrado para o resto da vida. Assim, responsabilidade e respeito ao outro são princípios que ganham amplitude com o uso da tecnologia.

“Coisas que antigamente as crianças faziam, como bater boca e mandar um bilhetinho, em uma semana podiam estar esquecidas. Hoje, essas atitudes se perpetuam e impactam no desenvolvimento afetivo e cognitivo delas”, diz Jotta.

O início da vida digital deve ser acompanhado de perto, e uma solução é compartilhar um perfil com o filho. A partir da adolescência, quando a privacidade ganha relevo, o melhor é deixá-lo independente.

E quando são os filhos que têm a senha individual dos pais? “Não é via de mão dupla”, diz a psicóloga e psicanalista Vera Iaconelli. Com a senha do filho ou o perfil compartilhado, explica, o pai está cumprindo o papel de dar acesso ao mundo dos adultos – e o inverso não ocorre. “A senha do adulto é algo que diz respeito ao adulto.”

Não há consenso sobre a melhor idade para as crianças entrarem nas redes sociais. Até os 10 anos, o ideal é usar junto com os filhos, participando de jogos ou ajudando a mandar mensagens. Uma boa ideia é ter um perfil conjunto, e não apenas a senha da página da criança, como fazem alguns pais.

Programas de controle parental também podem ser úteis para os mais novos, mas não são suficientes. “O seu filho sempre vai dar um jeito de quebrar essa segurança. Então, o diálogo e o acompanhamento constante são primordiais”, afirma Débora Sebriam, coordenadora de tecnologia educacional do Centro Educacional Pioneiro, em São Paulo.

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https://www.osul.com.br/a-conduta-dos-filhos-nas-redes-sociais-nao-e-problema-so-para-bolsonaro/ A conduta dos filhos nas redes sociais não é problema só para Bolsonaro 2019-04-30
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