Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de setembro de 2017
A Coreia do Norte organizou uma grande festa para homenagear os cientistas que trabalharam no teste nuclear realizado no final de semana passado, que incluiu queima de fogos e um desfile pelas ruas de Pyongyang.
Os moradores de Pyongyang foram às ruas para aplaudir os cientistas, que se deslocavam em ônibus.
Na Praça Kim Il-Sun, milhares de pessoas se reuniram para celebrar os esforços com o programa nuclear.
A agência oficial KCNA se referiu ao teste como “uma prova bem sucedida de uma bomba H pronta para um ICBM (míssil balístico intercontinental)”
Na celebração, os oradores explicaram que o Exército norte-coreano “vai acabar com o destino dos imperialistas americanos criminosos mediante ataques preventivos mais fortes e sem piedade” caso persista a ameaça “das hordas de traidores”.
No domingo(3), a Coreia do Norte gerou alerta mundial ao detonar o que descreveu como uma bomba de hidrogênio, projetada para ser incorporada a mísseis de longo alcance.
ONU
O Conselho de Segurança da ONU “deve reagir” e “adotar as medidas necessárias” contra a Coreia do Norte, afirmou o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, lembrando que “as sanções e as pressões” são apenas “metade” da solução.
Depois do novo teste nuclear de Pyongyang, “a China está de acordo em que o Conselho de Segurança da ONU deve reagir, adotando as medidas necessárias”, declarou Wang aos jornalistas.
Segundo ele, “as sanções e as pressões” sobre o regime de Kim Jong-un representam “metade da solução”, que se completa com “diálogo e negociação”.
“Apenas se desencadearmos essas duas medidas ao mesmo tempo poderemos desbloquear a questão nuclear na península (…) Nenhuma das duas deve ser ignorada”, insistiu Wang.
Na quarta-feira, o presidente chinês, Xi Jinping, recordou seu colega americano, Donald Trump, da vontade de Pequim de resolver a questão norte-coreana mediante negociações para uma “solução pacífica”, relatou a imprensa oficial.
A China condenou duramente o teste norte-coreano de uma bomba de hidrogênio no último domingo.
Os Estados Unidos, seus aliados europeus e o Japão estão negociando novas sanções da ONU contra a Coreia do Norte, mas a posição de Rússia e China continua incerta. Ambos têm poder de veto no Conselho de Segurança da organização.
Novas sanções
A chefe da diplomacia da UE (União Europeia), Federica Mogherini, anunciou nesta quinta-feira (7) que prepara novas sanções contra a Coreia do Norte, em complemento às que já são impostas pela ONU.
Federica pediu para “reforçar a pressão econômica contra a Coreia do Norte, apoiando uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU e adotando medidas econômicas mais duras”, incluindo sanções próprias da União Europeia.
“Nossa linha europeia é muito clara nesse sentido: mais pressão econômica, mais pressão diplomática e unidade com nossos sócios regionais e internacionais”, explicou.
Também pediu que “se evite uma espiral de confrontação militar que pode ser extremamente perigosa, não apenas para a região, mas para o mundo inteiro”.