Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2019
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, visitará a Rússia para um encontro com o presidente russo Vladimir Putin. O Kremlin informou nesta segunda-feira (22) que a cúpula deve acontecer até o fim de abril, mas nenhum dos dois governos deu detalhes sobre a data e o local exato da visita.
Os rumores de que um encontro entre Coreia do Norte e Rússia estava próximo aumentaram no último domingo, quando o assessor-chefe do líder norte-coreano, Kim Chang Son, foi visto na cidade russa de Vladivostok – bem perto da fronteira entre os dois países. De acordo com a agência Yonhap, da Coreia do Sul, a reunião deve ser marcada ainda nesta semana, entre quarta e quinta-feira.
Até o esfacelamento da União Soviética, em 1991, Moscou era responsável por parte da ajuda enviada ao regime norte-coreano. Porém, a crise econômica na Rússia na década de 1990 interrompeu parte do apoio e favoreceu a fome na Coreia do Norte. Centenas de milhares de pessoas morreram.
Relação com os EUA estagnada
Ao marcar encontro com Putin, Kim tentará outra jogada para obter apoio estrangeiro. As conversas com os Estados Unidos iniciadas em junho do ano passado estagnaram no mês de fevereiro, depois que a segunda reunião entre o ditador e Donald Trump terminou sem a assinatura de nenhum acordo.
Na reunião de fevereiro, no Vietnã, Trump queria mais garantias do desmantelamento do programa nuclear norte-coreano antes de retirar sanções impostas ao país. O regime de Kim, por outro lado, exigia o fim das medidas econômicas contra a Coreia do Norte, mas não concordou com algumas condições colocadas pela Casa Branca.
As relações entre Estados Unidos e Rússia pioraram na semana passada, quando a Coreia do Norte criticou o pedido do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, para que o regime desse provas da desnuclearização. O governo norte-coreano chegou a dizer que Pompeo deveria deixar as negociações bilaterais.
O próprio Vladimir Putin declarou ser favorável aos encontros entre Kim e Donald Trump. Entretanto, o presidente russo ponderava que a Coreia do Norte precisava de garantias sólidas antes de desmantelar por completo o programa nuclear.