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Por Redação O Sul | 25 de setembro de 2018
A inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) aumentou em Porto Alegre e em mais cinco capitais pesquisadas na terceira semana de setembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (25) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Na Capital gaúcha, o índice registrou variação de 0,23% na terceira semana deste mês. O resultado foi 0,05 ponto percentual superior ao divulgado na semana anterior (0,18%). Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do IPC-S apresentaram aceleração em suas taxas de variação em Porto Alegre, entre as quais se destacam os grupos Vestuário e Transportes, cujas taxas passaram de -0,42% para 0,33% e de -0,29% para 0,19%, respectivamente.
A inflação para o consumidor também subiu em Salvador (de -0,30% para 0,11%), Brasília (0,44% para 0,67%), Belo Horizonte (0,22% para 0,25%), Rio de Janeiro (0,15% para 0,18%) e São Paulo (0,31% para 0,49%). Em Recife, o IPC-S caiu de 0,28% para 0,27%.
Estimativas
O mercado financeiro projetou mais inflação e crescimento um pouco menor da economia brasileira neste ano. As expectativas constam no Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (24) pelo BC (Banco Central).
Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do País, o mercado financeiro elevou a sua estimativa de 4,09% para 4,28% neste ano. Essa foi a segunda alta seguida do indicador.
Com isso, a expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018. A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a Selic (taxa básica de juros da economia).
Para 2019, os economistas das instituições financeiras elevaram a sua estimativa de inflação de 4,11% para 4,18%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 1,36% para 1,35%. Essa foi a quinta queda seguida do indicador. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia nacional.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado para a expansão da economia continuou em 2,50%. Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021, que continuou em 2,5% para esses dois anos. O mercado manteve estável em 6,50% ao ano a estimativa para a taxa básica de juros da economia no final de 2018 – atual patamar e piso histórico.