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Mundo A Organização das Nações Unidas, a ONU, pressiona o Brasil para mandar tropas a países africanos

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Minustha em sua última patrulha no bairro de Bel Air, Porto Príncipe. (Foto: ONU)

A ONU está pressionando o governo Temer para aprovar a missão de paz à República Centro-Africana. Já avisou que não tem plano B, ou seja, não cogita ocupar a região com tropas de outro país.

Na semana passada, a área técnica do governo diminuiu o orçamento para o primeiro ano de ação na África para R$ 280 milhões — inicialmente, eram R$ 400 milhões.

Agora, tudo depende de Michel Temer, que precisaria encaminhar ao Congresso a nova proposta de orçamento para aprovação. A Defesa já explicou à ONU que o País está em ano eleitoral e com restrições orçamentárias

Mas Nações Unidas têm insistido para que haja uma definição o mais rápido possível. E não é só isso. No início do mês, a ONU fez um outro pedido ao Brasil. Quer 850 militares brasileiros para reforçar sua missão no Congo.

Convite

O secretário-geral da ONU, António Guterres, convidou oficialmente o Brasil no final de novembro a participar da missão de paz na RCA (República Centro-Africana) – então ainda mencionando com 750 militares – afirmou na época o último comandante das forças militares das Nações Unidas no Haiti, o general brasileiro Ajax Porto Pinheiro.

Em evento realizado no UNIC Rio (Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil), na capital fluminense, o general disse esperar que o Brasil aplique na República Centro-Africana as lições aprendidas em 13 anos de liderança militar da Minustah (Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti).

A RCA enfrenta desde 2012 uma guerra civil envolvendo ao menos dez grupos armados com diferentes motivações políticas e religiosas. Apesar de o envio de tropas ao país africano ainda depender da aprovação do Congresso e do presidente Michel Temer, o general estimou, na ocasião, que os primeiros soldados fossem mobilizados neste mês de março.

“Vamos aplicar na República Centro-Africana muito do conhecimento que adquirimos no Haiti. Mas se trata de outro cenário e de outros desafios. Temos que fazer alguns ajustes na organização e na preparação da tropa. Mas eu diria que 90% do que aplicamos no Haiti poderá ser aplicado na RCA”, afirmou Pinheiro.

Ele indicou algumas diferenças entre a missão de paz do Haiti e a Minusca (Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana), operação iniciada pela ONU em 2014, cujo contingente militar é liderado pelo Senegal e que atualmente conta com mais de 11 mil capacetes-azuis.

“A RCA é muito maior que o Haiti, embora sua população e PIB (Produto Interno Bruto) sejam menores. Para as tropas atuarem, elas se deslocarão muito mais, estarão mais tempo afastadas das bases, e há em torno de dez grupos armados que lutam entre si e que não têm chegado a um acordo”, declarou.

“O Haiti, agora no final da missão, já tinha uma polícia nacional estruturada, a RCA não tem esse nível de organização”, salientou. O general lembrou ainda que, diferentemente do Haiti, atuação das tropas brasileiras se dará principalmente em áreas rurais, enquanto no país caribenho esteve focada na capital, Porto Príncipe.

Haiti

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti chegou ao fim no dia 15 de outubro, concluindo, também, a participação das Forças Armadas brasileiras nesse capítulo da história daquele país. Por treze anos (2004 a 2017), militares brasileiros desempenharam missões voltadas para a criação e a manutenção de um ambiente seguro e estável no Haiti, ao longo dos quais foram conquistados significativos avanços para a população haitiana, para o reconhecimento internacional do Brasil e para o aprimoramento da capacidade técnico-profissional das Forças Armadas.

Cerca de 37.500 militares das Forças Armadas brasileiras integraram as tropas da Minustah no decorrer desse período. Além disso, a liderança do componente militar da missão sempre esteve sob a responsabilidade de um general do Exército Brasileiro. A partir da extinção da Minustah ah e do retraimento das forças de paz, o Exército Brasileiro afirmou que seria estabelecida uma nova missão da ONU, com o objetivo de fortalecer instituições do Estado haitiano.

 

tags: Brasil

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