Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2018
O Rio Grande do Sul teve o segundo avanço mais acentuado do País na produção industrial em julho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com o decréscimo de 0,2% na produção industrial nacional, oito dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas na passagem de junho para julho de 2018, na série com ajuste sazonal.
Os recuos mais acentuados foram observados em Goiás (-2,1%), Paraná (-1,3%), São Paulo (-1,1%), Minas Gerais (-1,0%) e Mato Grosso (-0,9%). Rio de Janeiro (-0,3%), Ceará (-0,2%) e Pernambuco (-0,2%) também assinalaram índices negativos. Por outro lado, Espírito Santo (5,8%) e Rio Grande do Sul (4,6%) apresentaram os avanços mais acentuados no mês. Pará (2,7%), Amazonas (2,5%), Santa Catarina (1,9%), Bahia (1,0%) e Região Nordeste (0,5%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional do IBGE.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou acréscimo de 0,1% no trimestre encerrado em julho de 2018 frente ao mês anterior, após avançar 0,5% em junho e recuar 3,4% em maio. Em termos regionais, sete dos quinze locais apontaram taxas positivas, com destaque para os avanços mais intensos observados no Pará (5,2%), Rio Grande do Sul (1,9%), Pernambuco (1,9%) e Paraná (0,8%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-1,6%), Mato Grosso (-1,3%), Amazonas (-1,2%), Minas Gerais (-1,1%) e Bahia (-0,8%) registraram os recuos mais acentuados em julho de 2018.
Na comparação com igual mês de 2017, a indústria mostrou crescimento de 4% em julho de 2018, com 12 dos 15 locais pesquisados apontando taxas positivas. Vale ressaltar que, no resultado desse mês, verifica-se influência do efeito-calendário, já que julho de 2018 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21).
Nesse mês, Rio Grande do Sul (13,9%), Pará (13,7%), Pernambuco (12,3%) e Rio de Janeiro (10,6%) apresentaram as expansões mais acentuadas. No Rio Grande do Sul, o resultado foi impulsionado, principalmente, pelos avanços observados nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques e carrocerias para ônibus), máquinas e equipamentos (máquinas para extração ou preparação de óleo ou gordura animal ou vegetal, tratores agrícolas, máquinas para colheita, terminais comerciais de autoatendimento e aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias), produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, arroz, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e óleo de soja em bruto), produtos de metal (construções pré-fabricadas de metal, artefatos de alumínio para uso doméstico, facas de mesa, alicates e pias, cubas, lavatórios e banheiras de ferro e aço) e celulose, papel e produtos de papel (celulose). No Pará a alta foi impulsionada, sobretudo, por avanços das indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados).