Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2019
A companhia aérea francesa Aigle Azur fechou as portas, após não ter conseguido encontrar novos investidores, deixando 1.150 funcionários desempregados.
A segunda maior companhia aérea da França, que operava principalmente entre a França e a Argélia, entrou com pedido de falência no início deste mês e cancelou todos os seus voos. Um tribunal comercial francês ordenou na sexta-feira o fechamento da empresa devido à falta de uma oferta sustentável dos licitantes.
O conglomerado chinês HNA Group é o maior acionista da empresa, com uma participação de 49%. A Aigle Azur transportou cerca de 1,9 milhão de passageiros em 2018. Também operou rotas para o Brasil, China, Rússia e outros países nos últimos anos.
Condor encerra operações no Brasil
A alemã Condor Flugdienst encerrou nesta segunda-feira (30) as operações no Brasil, em meio a maior crise da sua história em sua empresa-mãe, Thomas Cook, que fechou as portas.
Nascida como uma subsidiária da também alemã Lufthansa, a Condor é baseada em Frankfurt e conta com uma frota de 53 aviões, da família Airbus A320 e A330, além da família Boeing 757/767. Em 2000, o grupo britânico Thomas Cook comprou as primeiras ações na Condor, se tornando acionista majoritário em 2003. De lá para cá, a Condor se tornou o braço alemão do grupo de turismo, considerando o mais antigo do mundo.
Porém, com a falência da Thomas Cook devido a má administração e outros fatores como já explicamos aqui, o futuro da Condor ficou em dúvida. No entanto, para salvar a companhia, o governo alemão tanto em nível federal, quanto estadual, ofereceu uma espécie de empréstimo através do KfW – Kreditanstalt für Wiederaufbau, banco estatal alemão de desenvolvimento (similar ao brasileiro BNDES).
Segundo o site alemão AeronauticsOnline reportou, é necessária a aprovação da Comissão Européia em Bruxelas, antes do KfW efetivar o empréstimo no montante de 380 milhões de euros (R$ 1,73 bilhões), sendo metade custeado pelo governo federal e o metade pelo estado de Hesse, onde a Condor é sediada.
Este montante seria suficiente para a Condor conseguir se reerguer. No dia 23 de setembro, pouco antes da Thomas Cook falir, ela declarou que precisaria de €200 milhões (R$914 milhões) para continuar suas operações.
O valor caso aprovado será repassado para a aérea alemã ao longo de seis meses. Provavelmente as garantias serão ações ordinárias da empresa, que poderá se tornar estatal.