Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de julho de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O deputado federal Júlio Redecker, a 11 de julho de 2007, foi à tribuna da Câmara defender a reforma política:
“Temos de votar a reforma política que não seja exclusivamente endereçada à próxima eleição. Ela deve regulamentar o futuro do País, de modo que todas as eleições tenham normas perenes, para que o povo e os eleitos saibam onde elas estão, como são e como devem ser respeitadas. Com isso, a nossa capacidade de legislar não será substituída pelas interpretações dos tribunais superiores.”
Ressaltou o sentimento de responsabilidade de cada parlamentar: “Deve ser respeitado na solidão da consciência de cada um, no momento de apertar o botão eletrônico e dizer qual o rumo, o caminho, o destino que quer para o País”.
Seis dias depois, Redecker faleceu no acidente com avião da TAM no aeroporto de São Paulo.
ONDE ESTÃO OS RESPONSÁVEIS
Logo após o acidente aéreo, surgiram propostas como gabinete de emergência e a interrupção do recesso parlamentar para investigar as causas. Foi cogitada a prorrogação do prazo para CPI do Apagão Aéreo, instalada dez meses antes. Em meio a isso, o cenário era de rebelião de controladores de voo, obsolescência de equipamentos, atrasos nas chegadas e decolagens, precariedade nos aeroportos e desrespeito com passageiros carentes de informações. Chegava ao setor aéreo o que se via na saúde pública, na educação, na segurança e nas rodovias.
Ainda está por ser esclarecida a causa do maior acidente da aviação brasileira.
CONTAGEM REGRESSIVA
Faltam 15 dias para o plenário da Câmara dos Deputados votar se aceita ou não a denúncia por crime de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.
PARA ABRIR O COFRE
À medida em que a crise se torna mais forte nos municípios, os prefeitos aumentam as viagens a Brasília. Sabem que o dinheiro está lá. A fórmula é a mesma: projetos fundamentados, muita sola de sapatos para percorrer os ministérios e um punhado de contatos políticos.
EXEMPLO ESTÁ AO LADO
Em 2007, o governo do Equador nomeou a Comissão para Auditoria Integral da Dívida Pública. Quatro anos depois, identificou inúmeras ilegalidades e ilegitimidades nos processos. Os credores não souberam explicar e 50% do pagamento foi cancelado. Na sequência, os investimentos em saúde e educação dobraram. Quando haverá coragem no Brasil para fazer o mesmo?
SITUAÇÃO MUITO DIFÍCIL
O setor público apenas contempla. Um em cada quatro jovens está fora do mercado formal. Num país com quase 14 milhões de desempregados, os trabalhadores com idades mais baixas são os que têm maior dificuldade para encontrar vaga. Enquanto a média de desemprego foi de 13% no primeiro trimestre deste ano, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre jovens de 18 a 24 anos chegou a 28% no mesmo período.
SAUDOSISMO
A chegada do frio faz lembrar a época do nepotismo no setor público. Manifestava-se em quem se contaminasse com o vírus da “influenza”.
NÃO CONSEGUEM ESPERAR
As quintas-feiras se consagraram como o dia da boataria em Brasília. Porém, nas últimas semanas, a ansiedade anda tão grande que houve antecipação para as quartas-feiras.
CAMINHO MAIS LONGO
Não faltam gestores públicos que têm sempre engatilhada uma dificuldade para cada solução.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.