Colunistas A vez da mulher na Assembleia gaúcha
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Flavio Pereira
No início da tarde desta quarta-feira, o Palácio Farroupilha deverá colocar, pela primeira vez na sua história, uma mulher na cadeira de presidente do Legislativo gaúcho. A deputada Silvana Covatti (PP) assume como presidente durante a Sessão Solene de eleição e posse da Mesa Diretora para o período 2016/2017 da 54 Legislatura. Na oportunidade, também serão empossados os demais deputados que farão parte do colegiado diretivo da Assembleia Legislativa.
A renúncia de Brum
Para que ocorra a eleição, o deputado Edson Brum (PMDB), atual presidente, apresentará um Termo de Renúncia, uma vez que o Regimento Interno da Casa prevê um período mínimo de dois anos de mandato no exercício da presidência. Como existe um acordo entre bancadas, ficou definido que cada presidente ficará um ano à frente do Poder Legislativo nesta legislatura.
Silvana Covatti tem experiência em eleições anteriores
A deputada Silvana Covatti, próxima presidente do Poder Legislativo Rio-grandense, tem longa experiência pública: ela concorreu pela primeira vez a uma vaga na Assembleia gaúcha em 2006, quando foi eleita a parlamentar mais votada entre as mulheres da 52 legislatura, com 65.547 votos. Em 2010, a deputada foi reconduzida ao cargo com 85.604 votos, a maior votação do Legislativo gaúcho naquele ano. Nas últimas eleições, em 2014, superou mais uma vez sua própria votação, com a conquista de 89.130 votos, sendo eleita a mais votada da bancada progressista no Parlamento gaúcho. Atualmente, a parlamentar é primeira vice-presidente do partido no Rio Grande do Sul. A partir de hoje, Silvana Covatti será a primeira mulher a assumir a presidência do Parlamento.
O experiente Rubens Ardenghi
Ex-deputado estadual, deputado federal, dirigente partidário, o médico e advogado Rubens Ardenghi emerge como uma eminência parda no Legislativo. Embora negue esta condição, na verdade Ardenghi é um dos amigos mais próximos e mais antigos do casal Silvana e Vilson Covatti. Tem sido um conselheiro da futura presidente na elaboração do modelo de gestão, e até na indicação de nomes para os cargos de direção do Legislativo. Outro nome que surge fortalecido nesta gestão é o do consultor de marketing, o jornalista José Barrionuevo.
Saldos da tempestade
A tempestade que devastou diversas áreas da capital gaúcha trouxe, em meio a tantas más notícias, um componente positivo: serviu para articular diversas áreas que unidades, como bombeiros, DMLU, DMAE, secretaria de Obras, Corsan, CEEE, Defesa Civil, Segurança Pública, Exército e outros órgãos, que produziram o milagre de restabelecer quase toda a normalidade da cidade em menos de 72 horas. À frente desse trabalho, como um maestro, esteve o vice-prefeito em exercício, Sebastião Melo (PMDB).
Sem carnaval do povo
Ainda são fortes as críticas de comunidades da cidade diante da decisão da secretaria da Cultura do município de cortar as verbas para o carnaval comunitário, considerado o verdadeiro carnaval popular.
Duas mulheres no comando do Tribunal de Justiça
Duas mulheres integram a nova administração do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que toma posse hoje, às 14h. A cerimônia será realizada no Plenário Ministro Pedro Soares Muñoz do prédio do Tribunal de Justiça, em Porto Alegre. O desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, novo presidente e os demais dirigentes da nova administração do tribunal gaúcho, Carlos Eduardo Zietlow Duro, Maria Isabel de Azevedo Souza, Paulo Roberto Lessa Franz e Iris Helena Medeiros Nogueira foram eleitos para comandar o Judiciário até 2018. Ainda não será desta vez que uma mulher presidirá o Judiciário gaúcho, mas, pela primeira vez, duas desembargadoras irão compor, juntas, a administração do Tribunal. Também será a primeira vez que as funções de 2 vice-presidente e corregedora-geral da Justiça serão exercidas por mulheres.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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