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Brasil Absolvida em um processo, Gleisi Hoffmann, a presidente nacional do PT, responde a outros três no Supremo

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Nota assinada por Gleisi Hoffmann (foto) e outros líderes petistas questiona métodos e intenções do futuro governo. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Absolvida pela Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) em um processo que tratava do suposto recebimento de recursos para sua campanha em 2010, a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, responde ainda a três inquéritos na Corte. Ela foi denunciada duas vezes pela PGR (Procuradoria-Geral da República), uma com base na delação da Odebrecht e outra por fazer parte do que seria uma organização criminosa integrada por políticos do PT. O terceiro inquérito trata de recursos desviados do Ministério do Planejamento quando seu marido, Paulo Bernardo, comandava a pasta.

A denúncia no caso que envolve a Odebrecht corre em segredo de Justiça. A acusação é que a empreiteira colocou, em 2010, à disposição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva US$ 40 milhões, cerca de R$ 64 milhões pelo câmbio da época. Os recursos seriam destinados como contrapartida a benefícios do governo para a empresa, como a ampliação de uma linha de financiamento do BNDES para obras tocadas pela empreiteira em Angola.

De acordo com a denúncia, protocolada em abril pela procuradora-geral, Raquel Dodge, parte desses recursos teriam sido direcionados à campanha de Gleisi para o governo do Paraná em 2014. A negociação seria de R$ 5 milhões e a PGR sustenta haver provas de pagamentos de, pelo menos, R$ 3 milhões entre outubro e novembro daquele ano. A atual presidente do PT teria ainda declarado à Justiça Eleitoral despesas inexistentes de R$ 1,8 milhão. Ela foi denunciada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula, Paulo Bernardo, o ex-ministro Antonio Palocci, um funcionário da senadora que teria operacionalizado o recebimento e o empresário Marcelo Odebrecht foram também denunciados no mesmo inquérito.

No caso da organização criminosa, a denúncia foi apresentada ainda pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot, no final da sua gestão. Ela foi acusada junto com os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, mas a parte relativa a eles foi encaminhada à primeira instância pelo ministro Edson Fachin, tendo ficado na Corte apenas a parte relativa a Gleisi e seu marido. De acordo com a acusação, a atual presidente do PT teria atuado na organização como ministra da Casa Civil e também em seu cargo ano Congresso. O recebimento de recursos da Odebrecht, alvo do outro inquérito, é um dos elementos apontados.

O terceiro inquérito em andamento contra a senadora trata de desvios de recursos que teriam ocorrido quando o marido dela era ministro do Planejamento. A Polícia Federal afirma em seu relatório final, concluído em março, que houve desvios de recursos no contrato com a empresa Consist, que fazia a gestão de empréstimos consignados para funcionários da União. Os desvios teriam chegado, ao total, a R$ 100 milhões.

A defesa da senadora tem negado o recebimento de recursos de forma ilegal tanto da Odebrecht quanto da Consist, além de refutar a acusação de que Gleisi tenha feito parte de uma organização criminosa no âmbito do PT. Sustenta também que não há provas contra a senadora e que as acusações têm como base apenas colaborações premiadas.

“O resultado do julgamento de ontem, embora trate de um caso concreto, certamente traz balizas sólidas para os demais processos que existem. A defesa da Senadora será exercida nesses processos com a confiança de que as normas jurídicas em vigor serão respeitadas”, afirmou o advogado Rodrigo Mudrovitsch.

 

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https://www.osul.com.br/absolvida-em-um-processo-gleisi-hoffmann-a-presidente-nacional-do-pt-responde-a-outros-tres-no-supremo/ Absolvida em um processo, Gleisi Hoffmann, a presidente nacional do PT, responde a outros três no Supremo 2018-06-20
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