Domingo, 05 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Com base no crescente peso da dívida do governo, no aumento dos desafios para a consolidação fiscal e na piora do cenário de crescimento econômico, a agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota do Brasil de BBB para BBB menos. No comunicado, alerta que o país pode em breve perder o selo de bom pagador, conforme as finanças do governo se deterioram em meio à prolongada recessão.
Os argumentos são reais.
Ocorre que as agências também erram e são identificadas pelo mercado como instrumentos com intuitos sombrios a serviço da megaespeculação. Coube a elas a responsabilidade pela turbulência financeira que estremeceu o mundo a partir de 2006, com a crise do subprime. Lançou os Estados Unidos na recessão, levando 274 poderosas instituições financeiras à concordata. Para garantir a sobrevivência, elas tiveram de recorrer ao Tesouro norte-americano, em controvertido processo de ajuda.
Na véspera da hecatombe, as agências não vacilaram em atribuir notas de risco generosas às empresas que estavam em dificuldades. O episódio produziu reações pesadas e em cadeia, atingindo dezenas de países que ficaram à beira do colapso.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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