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Brasil Anúncio pró-impeachment da Fiesp que manda eleitor cobrar posição sobre impeachment de Dilma causa polêmica

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Deputados reagem à publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. (Foto: Banco de dados/ O Sul)

Gerou protesto dos parlamentares fluminenses o anúncio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), publicado na imprensa, mandando eleitores do Estado do Rio cobrarem posição dos sete deputados federais que integram a comissão especial que analisa o impeachment da presidenta Dilma Rousseff – formada por 65 parlamentares. Chico Alencar (PSOL), Julio Lopes (PP), Rodrigo Maia (DEM), Washington Reis (PMDB), Jandira Feghali (PCdoB), Leonardo Picciani (PMDB) e Wadih Damous (PT) tiveram seus e-mails e telefones divulgados na publicidade.

No anúncio pró-impeachment, a Fiesp manda os eleitores perguntarem aos deputados de que lado eles estão. Wadih Damous, contrário à saída da presidenta, chamou a entidade de golpista, organização criminosa e disse que pedirá ao MPF (Ministério Públicol) para investigar a origem do dinheiro gasto com a publicidade.

“O dinheiro que a Fiesp gasta patrocinando o golpe vem do Sistema S (entidades de direito privado, como Senai, Senac, Senar, Sesi e Sesc, que administram recursos públicos). Vamos pedir ao MP que investigue a origem dos recursos. E entraremos com ação popular na Justiça de São Paulo contra estes criminosos da Fiesp”, disse Damous.

A deputada Jandira Feghali, outra citada na propaganda, salientou que a Fiesp utilizou informações públicas para legitimar o golpe. Segundo ela, o telefone e o e-mail estão disponíveis para qualquer cidadão.

“Foi a forma que a Fiesp encontrou para dar um caráter legal a uma propaganda golpista. Os dados que eles divulgaram estão no site da Câmara. O que nós queremos é que expliquem de onde saiu o dinheiro para o anúncio. Vamos à Justiça pedir investigação rigorosa”, afirmou a deputada.

Em texto publicado nas redes sociais, Chico Alencar perguntou a Paulo Skaf, presidente da Fiesp, quanto já foi gasto nesta campanha. O deputado também exigiu transparência.

“Por que [Skaf] não pediu à sua coirmã, a Firjan [Federação das Indústrias do Rio], para bancar o anúncio/cobrança, já que é a federação patronal do Rio de Janeiro [e, supõe-se, não está tão sem caixa assim]? E também quanto já gastou com os anúncios pró-impeachment em páginas e páginas de jornais de todo o País. Transparência é pra cobrar e… praticar.”

Rodrigo Maia, a favor do impeachment, criticou o anúncio porque, segundo ele, está confundindo os eleitores. O deputado disse ainda que este tipo de propaganda é um desperdício desnecessário de dinheiro.

“Todos sabem que votarei pelo impeachment. O que este anúncio provocou foi que os meus eleitores me telefonaram indignados achando que sou contra saída da presidente. O anúncio é dinheiro jogado fora. Entendo que ela [Dilma] cometeu crimes de responsabilidade e tem de sofrer o impeachment”, disse Maia.

Na última quarta-feira, o TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou que entidades do Sistema S deem mais transparência aos seus dados financeiros. Em 2015, os recursos gerenciados pelo Sistema S somaram mais de 27 bilhões de reais. Desse total, 62,15% são recursos públicos.

Em nota, a Fiesp informou ser uma “entidade que representa a indústria de São Paulo e tem a obrigação de defender o setor, que vem sendo extremamente penalizado pela crise e pela falta de condições do governo de reagir a ela. A Fiesp reuniu seus associados e aprovou, por unanimidade, o apoio ao impeachment e à realização da campanha.” (AD)

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