Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2019
A Vice-Presidência da República informou que recebeu, no início da tarde desta quarta-feira (04), um novo telefonema do gabinete do presidente Jair Bolsonaro para dizer que ele transmitirá o cargo ao seu vice, general Hamilton Mourão, antes de se submeter a uma cirurgia em São Paulo, no domingo (08). Com isso, Mourão será o presidente em exercício de domingo até terça-feira (10).
Bolsonaro fará uma nova cirurgia para correção de uma hérnia formada na região das intervenções anteriores, motivadas pela facada que recebeu durante um ato da campanha eleitoral do ano passado em Minas Gerais.
A informação inicial da Vice-Presidência era de que Bolsonaro não transmitiria o cargo. Essa decisão teria sido tomada na noite de terça-feira (03), segundo o blog da jornalista Cristiana Lôbo.
“Foi um mal-entendido”, afirmou o coronel Moniz Costa, assessor de imprensa da Vice-Presidência depois de receber ligação do porta-voz do presidente, general Otávio do Rêgo Barros, dando a nova informação.
Antes, a equipe do vice-presidente Hamilton Mourão disse que não considerava aquela decisão uma novidade porque, na última cirurgia de Bolsonaro, o presidente não transmitiu o cargo ao vice.
De acordo com o coronel Moniz Costa, a Vice-Presidência recebeu, de fato, na noite de terça, a informação de que Hamilton Mourão não assumiria a Presidência da República. Mesmo assim, Mourão cancelou uma viagem que faria ao Reino Unido.
Desde terça-feira, houve duas mudanças. Na manhã de terça, Bolsonaro iria transmitir o cargo ao vice. À noite, não mais. E na tarde desta quarta, voltou à situação anterior: a decisão é de que Mourão assumirá o exercício da Presidência da República por três dias.
Cirurgia
Bolsonaro poderá receber alta menos de dez dias após a cirurgia de hérnia à qual ele deverá se submeter no próximo domingo, segundo o cardiologista Leandro Echenique, que trata do chefe do Executivo. A expectativa é de que Bolsonaro esteja recuperado para embarcar no dia 22 de setembro para a Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York (EUA).
De acordo com Echenique, Bolsonaro não sente dor intensa, mas um incômodo no local, atingido por um golpe de faca há quase um ano. A hérnia no abdômen chega a ficar visível sob a roupa, de acordo com o médico.
“É uma hérnia incisional, ou seja, na região da cirurgia anterior. Isso pode ocorrer com todo mundo que faz cirurgia do abdômen. É bem mais simples do que as cirurgias anteriores. Não é um caso de aderência, de rompimento interno de alguma estrutura, nada disso. É uma hérnia na parede abdominal. A hérnia que ele tem é como se fosse um abaloamento. A pessoa percebe uma ondulação no abdômen”, explicou.