Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
22°
Light Rain

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Esporte As convocações para a Seleção Brasileira desfalcaram clubes em 56 rodadas nos últimos quatro anos

Compartilhe esta notícia:

Jogadores de clubes brasileiros atuaram pela Seleção em diversos momentos nos últimos quatro anos. (Foto: Ricardo Stuckert/CBF)

O desfalque em clubes brasileiros na Série A e nas semifinais da Copa do Brasil pela da convocação para os amistosos da Seleção Brasileira é só o capítulo mais recente de um enredo que há tempo gera transtornos. No último ciclo de Copa do Mundo, por exemplo, 40 jogos da seleção afetaram os clubes em 56 rodadas de Estaduais, Copa do Brasil e Brasileirão. O número é fruto do conflito entre as Datas Fifa e o calendário nacional, que na maioria das vezes não é interrompido quando as seleções jogam.

Desde o início do ciclo do Mundial da Rússia, ainda com Dunga na seleção, o Corinthians é o time com maior número de jogos afetados pelas convocações: 32. Ele é seguido de perto pelo rival Santos, com 31. O time da Vila Belmiro, ao mesmo tempo, é quem mais teve desfalques em nome da seelção, quando se considera a soma de vezes em que cada jogador convocado pela seleção se ausentou de uma partida do clube.

A seleção só não afetou mais as competições no último ciclo de Copa porque alguns ajustes foram feitos. No fim de 2014, Dunga não chamou jogadores de clubes brasileiros porque isso refletiria na final da Copa do Brasil e nas rodadas 34 e 35 do Brasileiro. Em 2015, uma rodada dos Estaduais foi “salva” porque a seleção jogou em um domingo contra o Chile, em Londres, e houve tempo para que os jogadores retornassem para as partidas do meio de semana. O próprio desempenho ruim da seleção, em si, na era Dunga também evitou período maior de desfalques. Na Copa América de 2015, a eliminação foi nas quartas de final. Em 2016, na fase de grupos.

O que não quer dizer que a seleção canarinho seja o único problema: a cada data-Fifa dos últimos três anos, o Flamengo só não teve que ceder Paolo Guerrero à equipe do Peru no período em que o centroavante foi suspenso quando teve positivo em exame antidoping. Nas outras datas Fifa, titulares e reservas de seleções estrangeiras foram requisitados e desfalcaram patrões.

Carlos Alberto Parreira, que participou do grupo de trabalho do calendário no Comitê de Reformas da CBF, gosta de dizer que calendário “é uma equação para gênio resolver”, citando os aspectos político, técnico e financeiro. Esse malabarismo mal resolvido das prioridades gera o cenário atual, vivida de forma mais intensa desde o anúncio da lista para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador por três dos quatro semifinalistas da Copa do Brasil: Flamengo, Cruzeiro e Corinthians — desfalcados na partida de ida da atual fase da competição.

A reclamação dos clubes, no entanto, nunca gerou uma mobilização capaz de gerar uma solução definitiva. A situação é incômoda não só para clubes, mas também para jogadores e o técnico da seleção.

“Dá para melhorar para que não haja esse conflito de datas importantes com a seleção brasileira. Tem espaço para isso? Tem”, disse Tite.

O calendário da CBF leva em conta as reservas da Fifa e da Conmebol (Libertadores e Sul-Americana, “esticadas” há dois anos). Com o que resta, é preciso acoplar Estaduais (18 datas), Copa do Brasil (21 datas) e Brasileiro (38 datas). De 2015 a 2017, não houve jogos das competições nacionais durante a data Fifa das Eliminatórias, mas teve um dia depois. O que ainda gerou problemas. Em ano de Copa, como 2018, a equação fica mais complexa.

“Os clubes pleiteavam não terem que optar entre Copa do Brasil e Sul-Americana. Foi resolvido. Os clubes da Libertadores não gostavam do fato de não jogarem Copa do Brasil. Foi resolvido. Mas a consequência de jogarem tudo, como querem, é um calendário com muitos jogos. É um processo de construção, atendendo aos desejos dos clubes. Sejam econômicos e técnicos”, ponderou Manoel Flores, diretor de competições da CBF.

Presidente do Cruzeiro, que não terá Dedé no contra o Palmeiras, na Copa do Brasil, Wagner de Sá Pires entende que o cenário causa danos à imagem do futebol: “Os times vão ficando sem tempo para descansar e uma competição sobe em cima da outra. Nós mesmos desvalorizamos o produto.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Esporte

O Inter recebe o Palmeiras na tarde deste domingo, em um duelo para buscar a liderança do Brasileirão
O Inter desembarca hoje no Pará, onde enfrenta neste sábado o Paysandu pela Série B
https://www.osul.com.br/as-convocacoes-da-selecao-brasileira-desfalcam-clubes-em-56-rodadas-nos-ultimos-4-anos/ As convocações para a Seleção Brasileira desfalcaram clubes em 56 rodadas nos últimos quatro anos 2018-08-26
Deixe seu comentário
Pode te interessar