Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deixa marcas: 1) Herman Benjamin é o novo herói dos que defendem a decência nas campanhas. 2) Fica comprovado: a escolha de ministros dos tribunais superiores não pode depender de um único eleitor, Sua Excelência o Imperador, digo, o Presidente da República. Cria constrangimentos na hora de julgar. 3) Se vier a ser absolvido, como se prevê, Michel Temer terá de repetir o que disse o premiê o francês Georges Clemenceau em 1918, após o final da 1ª Guerra Mundial: “Agora, cumpre ganhar a paz. Talvez seja mais difícil do que ganhar a guerra.”
Mais um dia
A divulgação da sentença pelo TSE no sábado diminuiria a reação, sobretudo dos que ficarão contrariados.
Recurso eliminado
Os debates sobre as preliminares durante um dia e meio justificariam que algum ministro pedisse vista do processo. Porém, no final da tarde de ontem, a possibilidade desapareceu.
Silêncio
O ministro Herman Benjamin declarou que “as ações agora sob julgamento no Tribunal são filhas de um sistema falido”. Os atingidos, a começar pelos deputados federais e senadores, não se manifestaram.
Com elegência
Os debates nas sessões do TSE consagram uma nova expressão: trombadas educadas.
Pergunta certa
A cautela na redução da taxa de juros irrita os empresários, que atacam os técnicos do Banco Central. Lembram que precisam de financiamento mais barato para trabalhar e permitir a retomada do nível de emprego. O editorial do Diário do Comércio, de Belo Horizonte, perguntou ontem: “Será que o Brasil, exibindo alguns dos piores indicadores econômicos em todo o mundo e as mais altas taxas de juros, é o único que está certo, enquanto todos os outros estão errados?
Vendo de longe
Coluna de Juan Arias no jornal El País, de Madrid: “O Brasil continua sendo visto, da Europa, como um país feliz, belo e alegre. E quando se comenta sobre a corrupção política, dizem que se trata de uma epidemia mundial.”
Canto da sereia
O governo de Minas Gerais está aprovando todos os pedidos de benefícios fiscais para a indústria do cigarro. Alvo é o Rio Grande do Sul. Uma já se transferiu, mostrando-se muito satisfeita.
Fórmula rara
O governador do Paraná, Beto Richa, tem se vangloriado: com o amplo ajuste fiscal que realizou, mantém o equilíbrio das contas públicas e o pagamento em dia dos servidores públicos e dos fornecedores de produtos. Além disso, estão sobrando 8 bilhões de reais para investimentos em obras de infraestrutura no Estado.
Falta pôr em prática
Assembléia Legislativa deveria abrigar um fórum de contribuintes de impostos. Quem paga não costuma ter voz nem vez.
Grande frasista
Ulysses Guimarães disse há 30 anos: “Em Política, até a raiva é combinada.” Mais atual, impossível.
Diferença
A 9 de junho de 1992, PC Farias declarou que “Collor gastou mais na campanha do que declarou”. Retrato da fase amadora. Aquilo era meia dúzia de trocados diante das fortunas de hoje.
Todos no refrão
No Palácio Piratini, começará o Carnaval Fora de Época. A Orquestra de Sartori vai animar com a marchinha “Ei, você aí, me dá um apoio aí, me dá um apoio aí…”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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