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Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2015
A fase de ouro da redução da pobreza na América Latina poderá estar com os dias contados. A penúria, mal histórico da região, deverá voltar a crescer. O Banco Mundial alertou que 38% da população da área, o que corresponde a 241 milhões de habitantes, que não são pobres nem chegaram à classe média, são vulneráveis a perderem renda e viver com 4 dólares por dia.
E os pobres temem a miséria. A primeira consequência será a volta do trabalho informal, que passará dos atuais 37% para mais da metade da população adulta do continente se nada for feito.
A América Latina e o Caribe, que formam a região mais desigual do mundo, sofrem com a queda no preço das commodities, a falta de investimentos em educação e a desaceleração chinesa. O CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) calculou que uma queda de 1,5 ponto percentual no crescimento da China fará a economia local encolher 1,75 ponto percentual.
O diretor de Análise Econômica do CAF, Pablo Sanguinetti, disse que o continente terá dificuldade para se recuperar. Os dados indicaram que a penúria está estagnada desde 2012. São 167 milhões de pobres, sendo 71 milhões de miseráveis. A extrema pobreza mostra alta, inclusive no País. Cerca de 6% dos brasileiros vivem na miserabilidade. (AG)