Armando Burd Calote vergonhoso
Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Em setembro, a emenda constitucional que criou a moratória pública completará 18 anos. Maioridade do que passou a se chamar calote oficial. A denominação técnica é precatório, que corresponde à decisão da Justiça, reconhecendo dívidas de municípios, estados e União. Com a sentença, manda pagar aos credores porque não cabem mais recursos.
Desde 2000, os governos têm demonstrado que são maus pagadores. O Estado do Rio Grande do Sul acumula dívidas em precatórios de 12 bilhões de reais. São Paulo lidera com 26 bilhões. A soma em todo o País vai além de 60 bilhões.
Que grande exemplo…
Ao mesmo tempo em que diz “devo, não nego, pagarei quando puder”, governos propõem um negócio indecoroso: o acerto de contas, pagando menos aos credores para que, enfim, vejam a cor do dinheiro. É uma violência nas relações jurídicas. As leis devem ser respeitadas por todos, começando pelo poder público.
Falta agilidade
O governo do Estado vai leiloar hoje três imóveis para recolher à Secretaria da Fazenda 50 milhões de reais. É pouco para quem anunciou, em março de 2015, que faria das vendas uma fonte de recursos. Acrescente-se: há 2,5 mil imóveis cadastrados e em condições de negociação. Estão vazios, alugados a valores irrisórios, já foram ou estão próximos de serem invadidos.
Virada de 180 graus
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, MDB até debaixo d’água, autorizou ontem o PT do Ceará a divulgar o seu apoio ao movimento Tô com Lula, que defende o ex-presidente no julgamento que ocorrerá dia 24.
Em outras ocasiões, lideranças petistas acusaram Eunício de golpista e de integrar a ala dos cartolas do seu partido comprometida com atos ilícitos.
Vem de longe
O presidente da Câmara, deputado Michel Temer, a 8 de janeiro de 1998, enfrentou a resistência de PT, PDT, PSB, PC do B e PPS para instalar a comissão especial que analisaria a proposta de reforma da Previdência Social. Os partidos de oposição decidiram não indicar representantes para a comissão, em protesto contra a “pressa do governo em votar a proposta”.
Quase nada mudou em 20 anos.
Buscará o enxugamento
As 149 empresas públicas do País empregam 507 mil funcionários. Diante do déficit no orçamento e para economizar 2,5 bilhões de reais este ano, o governo federal pretende que 17 mil aceitem os programas de desligamento voluntário.
Os temperamentais
ONG da França perde tempo com pesquisa mundial para apontar os dois políticos de projeção que mais se parecem. Ganhará disparada a dupla Donald Trump e Kim Jong-un.
País do caos
Os principais jornais do mundo destacam que “a economia venezuelana sobrevive em estado de coma. Nem sequer a tendência à alta do preço do petróleo freia a deterioração do país latino-americano”.
Em 2014, quando começou a crise no país, houve retração de 5% do PIB (Produto Interno Bruto). Subiu para 8% em 2015 e, no ano passado, bateu em 14%.
Era sem congestionamento
A 8 de janeiro de 1898, o prefeito José Montaury criou a Inspetoria de Veículos para organizar o trânsito em Porto Alegre. Não havia automóveis, mas grande número de charretes para passeio e carroções usados no transporte de mercadorias. Os bondes eram puxados a burro.
Uma das lições
Manual de candidato que se preze inclui a recomendação: é preciso engolir sapos e não ter indigestão.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Deixe seu comentário
Últimas
Rio Grande do Sul Implantação de desvio na BR 116 em Esteio modifica trânsito
Mundo “Não consigo respirar”: homem negro morre após ser detido e algemado pela polícia nos Estados Unidos
