Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de outubro de 2015
A Sociedade Americana de Câncer lançou novas diretrizes, recomendando que mulheres com um risco moderado de câncer de mama comecem a fazer mamografias mais tarde e menos frequentemente.
A entidade agora recomenda o exame anualmente dos 45 aos 54 anos. A partir daí, as mulheres devem fazer a mamografia a cada dois anos enquanto forem saudáveis e tiverem expectativa de mais dez anos.
A organização disse também que não recomenda mais exames clínicos das mamas, pelos quais os médicos podem sentir nódulos, a mulheres de qualquer idade sem sintomas de anormalidade.
Antes, a Sociedade Americana de Câncer recomendava mamografias e exames clínicos todos os anos, a partir dos 40. A mudança reflete as evidências crescentes que mostram que a mamografia é imperfeita, menos útil em mulheres mais jovens e apresenta inconvenientes como falso-positivos (que levam a novos exames, como biópsias, para confirmar se de fato se trata de câncer).
Estudos também já mostraram que a mamografia anual não reduz a mortalidade. As novas diretrizes, porém, ainda não são o ponto final sobre o assunto. Há outros grupos que recomendam que o exame seja feito mais frequente e precocemente, e outros que indicam o contrário, deixando que pacientes e médicos tomem suas decisões em meio a mensagens conflitantes.
De fato, a entidade deixa bastante espaço para as preferências das mulheres no texto. Ainda que não recomende mais as mamografias para mulheres de 40 a 44 anos, a entidade diz que essas mulheres deveriam “ter a oportunidade” de fazer o exame se assim quiserem.