Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2017
O presidente Michel Temer afirmou que o governo cedeu ao Congresso Nacional até onde podia ao concordar em mudar cinco pontos da reforma da Previdência na quinta-feira (06). Ele disse que o “ponto fundamental” do projeto é estabelecer uma idade mínima de aposentadoria, mas admite a possibilidade de criar uma diferenciação para mulheres.
“Convenhamos: se nós tivermos a idade de homem de 65 anos, e a de mulher 64 ou 63, não significa que não tenha sido feita uma grande conquista”, afirmou o presidente em entrevista no Palácio do Planalto. Em seguida, fez a ressalva: “Ainda não está em pauta essa última matéria. Vamos verificar mais para a frente se é necessário ou não”.
O plano do governo é guardar isso como uma carta na manga para as negociações da reforma quando ela estiver para ser votada no plenário da Câmara. O presidente não quis arriscar uma previsão de votos no projeto. “Não consultei ainda os numerólogos. O que precisamos saber é no dia da votação. Agora, qualquer avaliação é precipitada”, declarou.
Temer argumenta que as mudanças acertadas com o relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), têm impacto “mínimo” sobre a economia que será feita com a reforma. As modificações dizem respeito aos seguintes pontos: regras de transição, regras da aposentadoria rural, acúmulo de pensão e aposentadoria, aposentadorias para policiais e professores e benefício assistencial pago a idosos e pessoas com deficiência pobres.
“Cedemos até onde podemos”, sustentou o presidente. “O ponto fundamental da reforma é a questão da idade. Se fixarmos uma idade mínima, porque hoje as pessoas se aposentam com 50 ou 49 anos, já damos um passo avançadíssimo”, concluiu Temer. (Folhapress)