Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2015
Uma série de ataques em ruas das cidades de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo (SP), deixou 18 mortos na noite de quinta-feira. Anteriormente, especulava-se que o número de óbitos chegava a 20.
Os ataques aconteceram em dez pontos diferentes das duas cidades e começaram às 20h30min, em um bar em Osasco, já perto do limite com Barueri. Quatro pessoas baleadas morreram no local. Outras seis morreram pouco depois, no momento em que eram socorridas.
O secretário de Segurança Pública de SP, Alexandre de Moraes, disse que 15 mortes foram em Osasco e três em Barueri. “É a maior chacina deste ano”, afirmou. Dezesseis vítimas foram identificadas. Algumas possuíam antecedentes criminais. A polícia apura o elo entre os crimes e a morte de um PM (policial militar) e de um guarda civil nos últimos dias.
Investigação
A principal linha de investigação da polícia no momento envolve a participação de policiais militares na chacina. Segundo essa apuração, a onda de crimes teria sido uma retaliação ao assassinato do PM. Efetivos foram colocados de prontidão e reforçados na Região Metropolitana para reagir a eventuais retaliações de criminosos nas próximas noites e madrugadas.
Força-tarefa
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse na tarde dessa sexta-feira em seu perfil oficial no microblog Twitter que “são intoleráveis” os ataques. Alckmin disse ainda que “criamos uma força-tarefa com 50 policiais civis, 12 peritos e oito médicos legistas para que as investigações sejam feitas o mais rápido possível”.
Armas
Investigadores encontraram nos locais atacados cápsulas de revólver calibre 38, 380 e pistola 9 milímetros – esta última é uma arma de uso privativo das Forças Armadas. Antes, a Polícia Civil disse ter encontrado pistolas ponto 45. A perícia analisará as cápsulas para ver se os crimes teriam sido cometidos pelo mesmo grupo ou por facções diferentes.
(AG)