Armando Burd CHANCE PARA ACERTAR O PASSO
Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
No próximo domingo, dia 25, Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires, Mauricio Macri, prefeito da capital argentina, e Sergio Massa, ex-prefeito de Tigre e deputado, vão se defrontar nas urnas para suceder a presidente Cristina Kirchner. A maioria dos analistas acredita que haverá necessidade de 2º turno.
A propaganda vai se encerrar na quinta-feira e não consegue apontar rumos para o país, outrora rico e desenvolvido, que passou a trilhar o caminho do fracasso econômico e da pobreza social.
Na década de 1950, a Argentina tinha renda por habitante maior que os Estados Unidos e previsão de enquadramento no Primeiro Mundo. Os erros de Juan e Isabelita Peron, as negociações suspeitas de Carlos Menem e a visão acanhada da família Kirchner levaram o país, pouco a pouco, a mergulhar em graves problemas econômicos e sociais.
As medidas adotadas não poderiam ser piores: houve estatização de empresas, intervenção governamental no mercado, má gestão das contas públicas, briga com capitais externos, calotes e moratórias. O acúmulo de equívocos provocou inflação de 25 por cento nos últimos 12 meses. O déficit fiscal gira em torno de 8 por cento do Produto Interno Bruto.
O sucessor de Cristina herdará a economia sem crescimento, com problemas fiscais, monetários, de financiamento e de investimentos, agravados por leis que limitam a ação do governante, como a restrição à venda de participações do Estado em empresas. Outra pressão: os sindicatos exigem a reposição salarial das perdas com a inflação.
Pesquisas mostram que 60 por cento dos argentinos estão descontentes com o atual governo. A expectativa é de que a inconformidade se transforme em votos.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
