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Ciência Cientistas nos Estados Unidos tentam editar o DNA dentro do corpo de uma pessoa

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Reparo deve se tornar parte do DNA do paciente. (Foto: Reprodução)

Cientistas americanos tentaram pela primeira vez editar um gene dentro do corpo de um paciente. O esforço ousado visava a mudar permanentemente o DNA da pessoa na busca pela cura de uma doença.

A experiência foi realizada na segunda-feira (13), na Califórnia, e o paciente envolvido se chama Brian Madeux, 44. Por meio uma sonda intravenosa, ele recebeu bilhões de cópias de um gene corretivo e de uma ferramenta genética para cortar seu DNA em um determinado ponto.

Madeux, que sofre de uma doença metabólica chamada síndrome de Hunter, disse que ser o primeiro a testar o método “é algo que encaro com grande humildade. Estou disposto a correr o risco. Com sorte, isso ajudará a mim e a outras pessoas”.

Sinais de que o método está ou não funcionando podem surgir dentro de um mês. Testes determinarão com precisão os resultados daqui a três meses.

Se a intervenção tiver sucesso, pode representar um grande estímulo para o campo incipiente da terapia genética. Cientistas já editaram genes de pacientes, alterando células em laboratório e devolvendo-as aos pacientes. Também existem terapias genéticas que não envolvem edição do DNA.

Mas esses métodos só podem ser usados para alguns poucos tipos de doença. Os resultados de alguns deles podem não ser duradouros. Alguns outros oferecem um novo gene como peça sobressalente, mas não são capazes de controlar em que porção do DNA ele é inserido, o que pode causar um novo problema, como um câncer.

Desta vez, a manipulação genética está acontecendo de maneira precisa dentro do corpo. É como enviar um minicirurgião em companhia do gene modificado, para posicioná-lo no local exato.

“Nós cortamos o DNA do paciente, o abrimos, inserimos um gene, costuramos tudo de volta. Um reparo invisível”, disse o Sandy Macrae, presidente da Sangamo Therapeutics, a empresa da Califórnia que está testando essa cura para duas doenças metabólicas e para a hemofilia. “O reparo se torna parte do DNA do paciente e estará lá pelo resto de sua vida.”

Isso significa que tampouco é possível voltar atrás, e que não há maneiras de apagar quaisquer erros que a edição possa causar.

“Isso equivale a realmente brincar com a mãe natureza”, e os riscos não são fáceis de determinar, mas os estudos devem ir adiante porque se relacionam a doenças incuráveis, disse um especialista independente, o Eric Topol, do Scripps Translational Science Institute, em San Diego.

Há proteções em vigor para ajudar a garantir a segurança do procedimento, e os testes com animais foram muito encorajadores, disse o Howard Kaufman, cientista de Boston que faz parte do comitê dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde) que aprovou o teste.

Ele disse que a edição de genes é promissora demais para que a ignoremos. “Até o momento não surgiram indicações de que vá ser perigosa”, ele disse. “E agora não é o momento de ter medo.”

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https://www.osul.com.br/cientistas-nos-estados-unidos-tentam-editar-o-dna-dentro-do-corpo-de-uma-pessoa/ Cientistas nos Estados Unidos tentam editar o DNA dentro do corpo de uma pessoa 2017-11-17
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