Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os jornais de 12 de novembro de 1918 publicaram: “Ontem, foi assinado o armistício, pondo fim à Primeira Guerra Mundial.” Alguns acrescentaram: “O acordo entrou em vigor às 11 horas do 11º dia do 11º mês do ano. Entre militares e civis, morreram 18 milhões pessoas. Foi a primeira e última grande guerra mundial.”
Engano. Passados 21 anos, estourou a Segunda Guerra, que matou 73 milhões de militares e civis.
Show de hipocrisia
Ontem, mais de 70 líderes mundiais celebraram em Paris o centenário do armistício. Participantes como Donald Trump, Vladimir Putin e Recep Erdogan, entre outros, são arautos de reações bélicas, toda a vez que surge uma tensão. Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia têm em suas gavetas os códigos para disparar armamentos atômicos.
Deveria ser um dia para celebrar o compromisso da paz futura. Não foi. O ódio rasteiro continua a reger as relações entre farsantes.
Poderá ficar pior
Técnicos da Secretaria da Fazenda, consultados no final de semana, afirmaram que o Estado não terá como suportar os aumentos salariais que a Assembleia Legislativa aprovará na sessão plenária de amanhã.
A quantas anda a despesa
A equipe econômica do futuro governo Bolsonaro faz o levantamento do custo de privilégios pagos no setor público. Quando estiver concluído, haverá apresentação para que a população avalie.
Último recurso
Um problemão vai aterrissar no gabinete de Bolsonaro até o final de janeiro: a metade dos 2.062 fundos de previdência de servidores municipais está quebrada. As prefeituras não administraram com responsabilidade e o angu ferve. Os governadores afirmam que nada podem fazer, porque já enfrentam problemas graves para pagar aposentadorias e pensões de funcionários estaduais.
Necessidade do filtro
Em Brasília, nove entre cada dez parlamentares querem conversar com o presidente eleito. Antes, precisam fazer uma escala na sala do futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que avalia e decide. Se é só para dar um abraço, pede paciência porque haverá tempo depois da posse.
O que fará
Começam as especulações sobre o futuro do governador José Ivo Sartori. Uma das possibilidades é que volte a concorrer à Prefeitura de Caxias do Sul.
Dando o rumo
Pergunta do Jornal Opção, de Goiânia, a David Fleischer, professor emérito de Ciência Política da Universidade Nacional de Brasília: “O PT ainda consegue se reerguer?”
Resposta: “Só se o PT fizer o que vai ser muito difícil, uma refundação do partido. Tarso Genro quer fazer essa mudança e expulsar todos os políticos fichas sujas, mudar o estatuto e a bandeira, mudar até a estrela da bandeira. Mas tem muita resistência a essa alteração.”
Tudo mudou
Até meados da década de 1990, fazer escuta telefônica era exercício arriscado. O araponga precisava subir em escada, equilibrar-se em poste ou entrar em uma galeria subterrânea e expor-se a choques.
Hoje, a operação é feita em salas confortáveis e com ar condicionado.
Há 60 anos
A 12 de novembro de 1958, Leonel Brizola foi diplomado governador do Estado, em cerimônia no Salão de Atos da Ufrgs, com os demais eleitos a 3 de outubro. Com apoio dos partidos Progressista Social e de Representação Popular, o trabalhista disse em seu discurso que “os antagonismos devem ceder em defesa do interesse público”.
Repertório de soluções
A frase mais ouvida na antessala de candidatos eleitos: “Tenho um plano.” Os proponentes costumam ser ouvidos por um assessor que encaminha para a pasta com o timbre “quando sobrar tempo”.
Aprendizado
Os que se elegeram pela primeira vez a cargos nos Executivos e nos Legislativos, submetem-se a cursos rápidos oferecidos por partidos. Um dos ensinamentos que ouvem: para pescar peixe-espada, nada de anzol. Vai-se de florete.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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