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Armando Burd DEZ ANOS DA RENDIÇÃO

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Evo tomando patrimônio da Petrobras

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A 12 de janeiro de 2006, a Petrobras anunciou que estava disposta a lucrar menos e a pagar mais impostos para ficar na Bolívia.

No mesmo dia, o presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, ao visitar Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, prometeu estabilidade jurídica na Bolívia, mas disse ainda que seu governo passaria a ser sócio dos investimentos da empresa. Resumiu a mudança: “A Bolívia não quer patrões, quer sócios”.

José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal à época, concordou, dizendo que admitiria compartilhar até a administração das duas refinarias da Petrobras em território boliviano, cujos investimentos atingiam 1 bilhão e 500 milhões de dólares nas áreas de exploração, transporte e comercialização de gás natural. Para ele, era melhor o lucro menor do que lucro zero.

A Bolívia fornecia metade do gás consumido no Brasil.

Na saída do encontro, Evo se referiu a Lula como “professor e líder da América Latina”.

A empresa brasileira foi a única das 11 petroleiras presentes na Bolívia a não contestar a Lei de Hidrocarbonetos, que aumentou a carga tributária de 18 para 50 por cento.

INVASÃO

A 1º de maio de 2006, duas refinarias da Petrobras foram ocupadas por militares e funcionários da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A operação começou depois de o presidente Evo anunciar a nacionalização do setor de hidrocarbonetos, que corresponde ao petróleo e ao gás.

O governo boliviano não encampou somente a Petrobras. Toda a indústria petrolífera boliviana, incluindo 53 campos produtores, dutos e refinarias foram sendo tomados pelo Exército. Pelo menos 54 postos de gasolina particulares de empresários bolivianos acabaram desapropriados.

A operação foi confirmada pelo vice-presidente da Bolívia, Alvaro Linera, durante o discurso do Dia do Trabalho, na principal praça de La Paz. A medida também atingiu 20 empresas multinacionais, entre elas a Repsol (Espanha), a British Gas e British Petroleum (Inglaterra) e a Total (França).

A nacionalização dos hidrocarbonetos foi a principal promessa eleitoral que permitiu a Evo vencer. “Estamos cumprindo, não somos um governo de promessas. O que prometemos e o que o povo pede nós cumprimos”, disse Morales.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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