Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2017
Há um ano, 61 senadores selaram em votação o fim do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, em um processo de impeachment que ainda hoje suscita o debate.
Aproveitando a estreia do filme “Polícia Federal – A Lei É para Todos”, sobre a Operação Lava-Jato, fizemos uma pergunta direta ao diretor, produtor e atores que interpretam os investigadores da maior ação anticorrupção do País: “Afinal, foi ou não foi golpe?”. Veja abaixo:
“A referência que a gente tem de golpe é o de 1964, que foi completamente diferente do que aconteceu agora. Eu não tenho dúvida de que houve tramoia, traições, complôs. Você pode chamar isso de golpe ou não. É só questão de nomenclatura”, diz Antonio Calloni.
“O que aconteceu, para mim, não tem a ver exatamente com um golpe de Estado. Acontece que a Dilma abriu mão de articular politicamente. Se ela tivesse a articulação política que o Temer tem, ela não teria saído do governo. Dentro dos trâmites processuais, tudo foi realizado dentro do rigor da lei. O que faltou de fato foi articulação dela”, entende a atriz Flávia Alessandra.
“Acho, sim que, foi golpe. Um golpe legislativo, desse péssimo Legislativo que a gente tem para nos representar”, afirma o ator Bruce Gomlevsky.
“Eu não sei se a palavra golpe é a melhor palavra para ser usada neste caso. Sei é que houve interesses de várias partes, mas não cabe a mim julgar. Não faço política, não entendo de direito e nem sou especialista de Facebook”, diz o cineasta Marcelo Antunez.
“Não cabe a nós dizer se foi golpe ou não. Hoje, o que me move mais é perceber a quantidade de partidos envolvidos em todos esses esquemas de corrupção”, afirma o produtor Tomislav Blazic. (UOL)